Kerry visita Israel para relançar processo de paz
O secretário de Estado deve se reunir na quarta-feira com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e depois com o presidente palestino, Mahmud Abbas
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2013 às 18h47.
Jerusalém - O secretário de Estado americano, John Kerry , chegou na noite desta terça-feira a Jerusalém para uma visita destinada a relançar o processo de paz entre israelenses e palestinos.
Ele deve se reunir na quarta-feira com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, e depois com o presidente palestino, Mahmud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia.
Esta visita acontece no momento em que, segundo a imprensa israelense, Israel propôs que o traçado da barreira de separação na Cisjordânia sirva de base para as discussões de paz, e não as linhas de antes de 1967, como exigem os palestinos.
Os negociadores israelenses propuseram a seus homólogos palestinos que essa barreira (com 85% de seu traçado na Cisjordânia, isolando 9,4% do território palestino, o que inclui Jerusalém Oriental, segundo a ONU) sirva de ponto de partida para as discussões, indicaram nesta terça o jornal Yediot Aharonot e a rádio pública israelense.
Por outro lado, Israel quer manter algumas colônias judias isoladas da Cisjordânia - Beit El, Psagot e Nokdim -, segundo as mesmas fontes.
Consultado a respeito, um porta-voz de Netanyahu não confirmou as informações, indicando que não comentaria as negociações em andamento.
A questão do estatuto de Jerusalém também foi abordada, indica a imprensa israelense.
"Os detalhes não estão claros, mas durante um encontro foi discutida uma zona na qual as duas partes estarão livres para circular", explica o Yediot, acrescentando que, a pedido de Israel, a maior parte das reuniões estarão relacionadas à questão da segurança.
Perguntado a respeito desse ponto, uma autoridade israelense, que não quis se identificar, afirmou que Israel "havia dito claramente aos palestinos que Jerusalém continuará unificada sob a soberania israelense".
Já o presidente Abbas disse acreditar na paz com Israel, durante uma entrevista coletiva à imprensa ao lado do chefe de Estado polonês, Bronislaw Komorowski, em Belém, na Cisjordânia.
"Chegamos a um acordo com os americanos para realizarmos sessões intensivas durante nove meses e espero que consigamos chegar a uma solução pacífica e justa", declarou.
Os negociadores palestinos exigem que as discussões sejam realizadas com base nas linhas anteriores ao início da ocupação israelense de Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza, em junho de 1967, com trocas de territórios equivalentes.
Israel exige a manutenção de uma presença militar de longo prazo no Vale do Jordão e que as trocas de territórios sejam regidas por suas necessidades de segurança, afirmou à AFP uma fonte palestina ligada ao tema, que teve sua identidade preservada.
Jerusalém - O secretário de Estado americano, John Kerry , chegou na noite desta terça-feira a Jerusalém para uma visita destinada a relançar o processo de paz entre israelenses e palestinos.
Ele deve se reunir na quarta-feira com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, e depois com o presidente palestino, Mahmud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia.
Esta visita acontece no momento em que, segundo a imprensa israelense, Israel propôs que o traçado da barreira de separação na Cisjordânia sirva de base para as discussões de paz, e não as linhas de antes de 1967, como exigem os palestinos.
Os negociadores israelenses propuseram a seus homólogos palestinos que essa barreira (com 85% de seu traçado na Cisjordânia, isolando 9,4% do território palestino, o que inclui Jerusalém Oriental, segundo a ONU) sirva de ponto de partida para as discussões, indicaram nesta terça o jornal Yediot Aharonot e a rádio pública israelense.
Por outro lado, Israel quer manter algumas colônias judias isoladas da Cisjordânia - Beit El, Psagot e Nokdim -, segundo as mesmas fontes.
Consultado a respeito, um porta-voz de Netanyahu não confirmou as informações, indicando que não comentaria as negociações em andamento.
A questão do estatuto de Jerusalém também foi abordada, indica a imprensa israelense.
"Os detalhes não estão claros, mas durante um encontro foi discutida uma zona na qual as duas partes estarão livres para circular", explica o Yediot, acrescentando que, a pedido de Israel, a maior parte das reuniões estarão relacionadas à questão da segurança.
Perguntado a respeito desse ponto, uma autoridade israelense, que não quis se identificar, afirmou que Israel "havia dito claramente aos palestinos que Jerusalém continuará unificada sob a soberania israelense".
Já o presidente Abbas disse acreditar na paz com Israel, durante uma entrevista coletiva à imprensa ao lado do chefe de Estado polonês, Bronislaw Komorowski, em Belém, na Cisjordânia.
"Chegamos a um acordo com os americanos para realizarmos sessões intensivas durante nove meses e espero que consigamos chegar a uma solução pacífica e justa", declarou.
Os negociadores palestinos exigem que as discussões sejam realizadas com base nas linhas anteriores ao início da ocupação israelense de Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza, em junho de 1967, com trocas de territórios equivalentes.
Israel exige a manutenção de uma presença militar de longo prazo no Vale do Jordão e que as trocas de territórios sejam regidas por suas necessidades de segurança, afirmou à AFP uma fonte palestina ligada ao tema, que teve sua identidade preservada.