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Kerry reconhece que a espionagem americana foi longe demais

O secretário de Estado americano atribuiu os últimos escândalos ao fato de a política de inteligência estar "em piloto automático"

O secretário de Estado americano, John Kerry, durante cerimônia de inauguração do busto do ex-premiê britânico Winston Churchill (REUTERS/Gary Cameron)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2013 às 05h54.

Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta quinta-feira em uma videoconferência que a espionagem americana foi "longe demais", algo que atribuiu ao fato de a política de inteligência estar "em piloto automático".

Kerry fez estas declarações em uma conexão por videoconferência com Londres, onde acontece até amanhã o Open Government Partnership 2013, sobre governabilidade e participação da sociedade civil.

"Não há dúvida que o presidente, eu mesmo e outros no governo americano conhecemos detalhes de atos que estiveram acontecendo no piloto automático, porque a tecnologia estava aí e se manteve ao longo de um extenso período de tempo", explicou Kerry.

"Em alguns casos, reconheço, como já fez o presidente (Barack Obama), que estas ações chegaram longe demais e vamos nos assegurar que não aconteça de novo no futuro", prometeu o chefe da diplomacia americana.

Kerry reiterou, como fez a Casa Branca, que a recopilação de dados de inteligência é fundamental para lutar contra o terrorismo tanto pelo bem dos Estados Unidos como para parceiros que sofreram ataques terroristas no passado, como os do metrô de Tóquio (1995), Madri (2004) e Londres (2005).

No entanto, as informações vazadas por Edward Snowden, ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) de EUA, revelaram que o alcance da espionagem ia muito além e pode ter afetado líderes aliados.

Segundo essas informações, os serviços secretos americanos espionaram durante anos as comunicações telefônicas e na internet de políticos de países aliados na Europa e América Latina, algo que elevou as queixas de nações amigas como a Alemanha, Espanha e Brasil.

Desde os atentados de 11 de setembro de 2001, o governo americano ampliou o pessoal e os recursos tecnológicos dedicados à inteligência, assim como o marco legal para poder espionar comunicações, especialmente no exterior.

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"Não há dúvida que o presidente, eu mesmo e outros no governo americano conhecemos detalhes de atos que estiveram acontecendo no piloto automático, porque a tecnologia estava aí e se manteve ao longo de um extenso período de tempo", explicou Kerry.

"Em alguns casos, reconheço, como já fez o presidente (Barack Obama), que estas ações chegaram longe demais e vamos nos assegurar que não aconteça de novo no futuro", prometeu o chefe da diplomacia americana.

Kerry reiterou, como fez a Casa Branca, que a recopilação de dados de inteligência é fundamental para lutar contra o terrorismo tanto pelo bem dos Estados Unidos como para parceiros que sofreram ataques terroristas no passado, como os do metrô de Tóquio (1995), Madri (2004) e Londres (2005).

No entanto, as informações vazadas por Edward Snowden, ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) de EUA, revelaram que o alcance da espionagem ia muito além e pode ter afetado líderes aliados.

Segundo essas informações, os serviços secretos americanos espionaram durante anos as comunicações telefônicas e na internet de políticos de países aliados na Europa e América Latina, algo que elevou as queixas de nações amigas como a Alemanha, Espanha e Brasil.

Desde os atentados de 11 de setembro de 2001, o governo americano ampliou o pessoal e os recursos tecnológicos dedicados à inteligência, assim como o marco legal para poder espionar comunicações, especialmente no exterior.

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