Kerry pede a Putin para discutir sobre Síria
Na segunda-feira, a Rússia se declarou "muito preocupada" com os ataques israelenses lançados perto de Damasco no final de semana
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2013 às 15h53.
Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry, pediu nesta terça-feira, em Moscou, que o presidente russo, Vladimir Putin, busque pontos de vista em comum com os Estados Unidos sobre a situação na Síria , enfatizando que, tanto Moscou quanto Washington, tem interesses naquele país do Oriente Médio.
"Os Estados Unidos consideram que compartilhamos interesses comuns significativos na Síria", declarou Kerry a Putin no início da reunião no Kremlin.
Os interesses comuns seriam a "estabilidade na região e (a preocupação de) não deixar os extremistas criarem problemas na região".
"Minhas esperanças é que possamos investigar um pouco a fundo as questões e ver se chegamos a pontos comuns", disse.
Em suas primeiras declarações, Putin não abordou especificamente as divergências de opiniões entre Moscou e Washington, mas indicou que o Kremlin prepara uma resposta a uma mensagem sobre as relações bilaterais recebida em abril do presidente Barack Obama.
"Acredito que é muito importante que nossos principais ministros e instituições cooperem para encontrar soluções aos problemas que estão na ordem do dia", declarou Putin.
"Estou muito contente em recebê-lo. É a possibilidade de discutir pessoalmente os problemas que consideramos difíceis", acrescentou.
A Rússia acusa o ocidente de agravar o conflito na Síria ao exigir a saída do presidente Bashar al-Assad, e afirma que seu único objetivo é conseguir uma solução pacífica para o conflito, que já causou a morte de mais de 70.000 pessoas em pouco mais de dois anos.
Moscou é um dos últimos aliados do regime de Damasco, ao qual fornece armas, enquanto os Estados Unidos analisam a possibilidade de armar os rebeldes sírios.
Na segunda-feira, a Rússia se declarou "muito preocupada" com os ataques israelenses lançados perto de Damasco no final de semana. O Estado hebreu afirmou que desejava impedir a transferência das armas ao Hezbollah libanês, aliado de Damasco e de Teerã.
Por sua vez, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que os ataques "são inaceitáveis", ressaltando que essa operação não se justifica "sob nenhum pretexto".
O Irã, aliado da Síria, reiterou por meio de seu ministro das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, o convite a um diálogo entre o regime de Damasco e a oposição "pacífica", com o objetivo de formar um governo de transição na Síria.
Além da questão síria, Kerry, que chegou nesta terça-feira a Moscou para sua primeira viagem à Rússia como chefe da diplomacia americana, tenta melhorar as relações bilaterais entre os dois países, deterioradas no ano passado.
Após o encontro com Putin, Kerry se reunirá com seu colega russo, Serguei Lavrov, com quem já se encontrou três vezes desde o início de fevereiro.
O chefe da diplomacia americana tem uma agenda particularmente cheia durante esta visita, que termina na quarta-feira, e durante a qual discutirá questões relacionadas ao Irã, ao terrorismo após os atentados de Boston e ao delicado assunto dos direitos Humanos na Rússia.
Kerry deve se reunir na quarta-feira com representantes da sociedade civil russa. A oposição e as ONGs têm denunciado as restrições às liberdades desde o retorno de Putin ao Kremlin para um terceiro mandato, em 7 de maio de 2012.
Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry, pediu nesta terça-feira, em Moscou, que o presidente russo, Vladimir Putin, busque pontos de vista em comum com os Estados Unidos sobre a situação na Síria , enfatizando que, tanto Moscou quanto Washington, tem interesses naquele país do Oriente Médio.
"Os Estados Unidos consideram que compartilhamos interesses comuns significativos na Síria", declarou Kerry a Putin no início da reunião no Kremlin.
Os interesses comuns seriam a "estabilidade na região e (a preocupação de) não deixar os extremistas criarem problemas na região".
"Minhas esperanças é que possamos investigar um pouco a fundo as questões e ver se chegamos a pontos comuns", disse.
Em suas primeiras declarações, Putin não abordou especificamente as divergências de opiniões entre Moscou e Washington, mas indicou que o Kremlin prepara uma resposta a uma mensagem sobre as relações bilaterais recebida em abril do presidente Barack Obama.
"Acredito que é muito importante que nossos principais ministros e instituições cooperem para encontrar soluções aos problemas que estão na ordem do dia", declarou Putin.
"Estou muito contente em recebê-lo. É a possibilidade de discutir pessoalmente os problemas que consideramos difíceis", acrescentou.
A Rússia acusa o ocidente de agravar o conflito na Síria ao exigir a saída do presidente Bashar al-Assad, e afirma que seu único objetivo é conseguir uma solução pacífica para o conflito, que já causou a morte de mais de 70.000 pessoas em pouco mais de dois anos.
Moscou é um dos últimos aliados do regime de Damasco, ao qual fornece armas, enquanto os Estados Unidos analisam a possibilidade de armar os rebeldes sírios.
Na segunda-feira, a Rússia se declarou "muito preocupada" com os ataques israelenses lançados perto de Damasco no final de semana. O Estado hebreu afirmou que desejava impedir a transferência das armas ao Hezbollah libanês, aliado de Damasco e de Teerã.
Por sua vez, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que os ataques "são inaceitáveis", ressaltando que essa operação não se justifica "sob nenhum pretexto".
O Irã, aliado da Síria, reiterou por meio de seu ministro das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, o convite a um diálogo entre o regime de Damasco e a oposição "pacífica", com o objetivo de formar um governo de transição na Síria.
Além da questão síria, Kerry, que chegou nesta terça-feira a Moscou para sua primeira viagem à Rússia como chefe da diplomacia americana, tenta melhorar as relações bilaterais entre os dois países, deterioradas no ano passado.
Após o encontro com Putin, Kerry se reunirá com seu colega russo, Serguei Lavrov, com quem já se encontrou três vezes desde o início de fevereiro.
O chefe da diplomacia americana tem uma agenda particularmente cheia durante esta visita, que termina na quarta-feira, e durante a qual discutirá questões relacionadas ao Irã, ao terrorismo após os atentados de Boston e ao delicado assunto dos direitos Humanos na Rússia.
Kerry deve se reunir na quarta-feira com representantes da sociedade civil russa. A oposição e as ONGs têm denunciado as restrições às liberdades desde o retorno de Putin ao Kremlin para um terceiro mandato, em 7 de maio de 2012.