Kerry chega a Israel em missão de paz
Secretário americano de Estado deverá promover negociações de paz diretas retomadas em julho entre israelenses e palestinos
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 06h23.
Tel Aviv - O secretário americano de Estado, John Kerry , chegou nesta quarta-feira a Israel para promover as negociações de paz diretas retomadas em julho entre israelenses e palestinos.
Kerry se reunirá na quinta-feira com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente palestino, Mahmud Abbas, informaram jornalistas e diplomatas americanos que viajam com ele.
Esta é a primeira viagem do secretário de Estado a Israel após o acordo de Genebra sobre o expediente nuclear iraniano, rejeitado por Netanyahu.
Kerry "informará (Netanyahu) sobre as negociações do grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha), sobre o primeiro passo que acertamos e sobre os progressos em direção a um acordo completo" com o Irã, segundo um funcionário do departamento de Estado.
O diplomata admitiu que há "divergências" entre Israel e Washington "sobre a tática" a adotar em relação ao programa nuclear iraniano.
"Os israelenses apoiavam a ideia de um acordo completo, enquanto nós pensávamos que um acordo prévio era a única opção possível. Agora negociamos um acordo completo e Kerry espera falar sobre isto com o premier Netanyahu e sua equipe".
Outro diplomata afirmou que as negociações com o Irã "jamais tiveram impacto no processo" de paz entre israelenses e palestinos, como sugeriram alguns funcionários de Israel.
Precisamente sobre estas difíceis negociações, Kerry "disse que sempre irá à região quando tiver a impressão de que pode ajudar pessoalmente no avanço do processo (de paz). É o objetivo desta viagem", destacou o diplomata.
John Kerry já viajou oito vezes ao Oriente Médio desde março passado e conseguiu relançar, no final de julho, negociações diretas entre israelenses e palestinos.
Abbas advertiu na véspera que se as negociações de paz com Israel fracassarem, ele se sentirá livre para recorrer a organismos internacionais como a ONU.
"As negociações estão atravessando grandes dificuldades devido aos obstáculos criados por Israel (...) e se não conseguirmos os nossos direitos através de negociações, temos o direito de recorrer às instituições internacionais e de aderir a todas as convenções internacionais".
Abbas se referia às prerrogativas obtidas desde que em 29 de novembro de 2012 a ONU reconheceu a Palestina como um Estado observador.
"O compromisso de não recorrer à ONU termina ao final dos nove meses de negociações com Israel", destacou o presidente da Autoridade Palestina.
Segundo o jornal israelense Haaretz, os Estados Unidos vão apresentar a Israel um plano sobre medidas de segurança na Cisjordânia para ser adotado após a criação de um Estado palestino.
O plano, elaborado pelo general John Allen, antigo chefe da coalizão internacional no Afeganistão e conselheiro especial para o Oriente Médio, será apresentado por Kerry a Netanyahu nesta quinta-feira, afirma o jornal.
Um diplomata americano confirmou que Allen "trabalha muito estreitamente com os militares israelenses", há vários meses, mas que o encontro desta quinta incluindo o general, Kerry e Netanyahu não tem precedentes.
Netanyahu quer um Estado palestino desmilitarizado, mas com a presença de soldados israelenses no Vale do Jordão, ao longo da fronteira com a Jordânia, e rejeita deixar a responsabilidade da segurança nesta zona para uma força internacional.
Tel Aviv - O secretário americano de Estado, John Kerry , chegou nesta quarta-feira a Israel para promover as negociações de paz diretas retomadas em julho entre israelenses e palestinos.
Kerry se reunirá na quinta-feira com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente palestino, Mahmud Abbas, informaram jornalistas e diplomatas americanos que viajam com ele.
Esta é a primeira viagem do secretário de Estado a Israel após o acordo de Genebra sobre o expediente nuclear iraniano, rejeitado por Netanyahu.
Kerry "informará (Netanyahu) sobre as negociações do grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha), sobre o primeiro passo que acertamos e sobre os progressos em direção a um acordo completo" com o Irã, segundo um funcionário do departamento de Estado.
O diplomata admitiu que há "divergências" entre Israel e Washington "sobre a tática" a adotar em relação ao programa nuclear iraniano.
"Os israelenses apoiavam a ideia de um acordo completo, enquanto nós pensávamos que um acordo prévio era a única opção possível. Agora negociamos um acordo completo e Kerry espera falar sobre isto com o premier Netanyahu e sua equipe".
Outro diplomata afirmou que as negociações com o Irã "jamais tiveram impacto no processo" de paz entre israelenses e palestinos, como sugeriram alguns funcionários de Israel.
Precisamente sobre estas difíceis negociações, Kerry "disse que sempre irá à região quando tiver a impressão de que pode ajudar pessoalmente no avanço do processo (de paz). É o objetivo desta viagem", destacou o diplomata.
John Kerry já viajou oito vezes ao Oriente Médio desde março passado e conseguiu relançar, no final de julho, negociações diretas entre israelenses e palestinos.
Abbas advertiu na véspera que se as negociações de paz com Israel fracassarem, ele se sentirá livre para recorrer a organismos internacionais como a ONU.
"As negociações estão atravessando grandes dificuldades devido aos obstáculos criados por Israel (...) e se não conseguirmos os nossos direitos através de negociações, temos o direito de recorrer às instituições internacionais e de aderir a todas as convenções internacionais".
Abbas se referia às prerrogativas obtidas desde que em 29 de novembro de 2012 a ONU reconheceu a Palestina como um Estado observador.
"O compromisso de não recorrer à ONU termina ao final dos nove meses de negociações com Israel", destacou o presidente da Autoridade Palestina.
Segundo o jornal israelense Haaretz, os Estados Unidos vão apresentar a Israel um plano sobre medidas de segurança na Cisjordânia para ser adotado após a criação de um Estado palestino.
O plano, elaborado pelo general John Allen, antigo chefe da coalizão internacional no Afeganistão e conselheiro especial para o Oriente Médio, será apresentado por Kerry a Netanyahu nesta quinta-feira, afirma o jornal.
Um diplomata americano confirmou que Allen "trabalha muito estreitamente com os militares israelenses", há vários meses, mas que o encontro desta quinta incluindo o general, Kerry e Netanyahu não tem precedentes.
Netanyahu quer um Estado palestino desmilitarizado, mas com a presença de soldados israelenses no Vale do Jordão, ao longo da fronteira com a Jordânia, e rejeita deixar a responsabilidade da segurança nesta zona para uma força internacional.