Kamala reduz vantagem de Trump em estados do sul, provocando nervosismo em republicanos
Republicano convocou uma coletiva nesta quinta, diante da queda de sua vantagem em estados como Nevada, Arizona e Georgia
Agência de Notícias
Publicado em 8 de agosto de 2024 às 20h52.
A candidata pelo Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos , Kamala Harris, está diminuindo a vantagem nas pesquisas que o ex-presidente e candidato pelo Partido Republicano, Donald Trump, tem nos estados do sul e sudoeste, nos quais ele liderava confortavelmente até o atual mandatário, Joe Biden, desistir de tentar a reeleição.
As amplas vantagens de Trump nas pesquisas de intenção de voto em estados como Nevada, Arizona e Geórgia estão desaparecendo, o que está aumentando o nervosismo da campanha republicana e do próprio ex-presidente, que convocou uma inesperada entrevista coletiva para esta quinta-feira.
O influente centro de análise eleitoral Cook Political Report anunciou nesta quinta-feira que deixou de projetar estes três estados como "inclinados para os republicanos" e passou a considerar um cenário de "empate", o que representa um exemplo do "reset" que significou para a campanha democrata a confirmação de Kamala e de seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz, como candidatos.
A média das pesquisas do site FiveThirtyEight no Arizona passou de uma vantagem de mais de dois pontos para apenas um ponto para Trump, enquanto a média do portal RealClearPolitics (RCP) dá ao republicano uma vantagem de quase três pontos, em comparação com cinco há um mês.
Nevada, um estado que até recentemente os democratas haviam descartado nos cálculos internos, agora apresenta empate técnico nas últimas sondagens, embora a média de pesquisas da RCP ainda dê a Trump vantagem de quatro pontos, um pouco abaixo da vantagem de cinco pontos de Trump sobre Biden.
Na Geórgia, a liderança de Trump na média das pesquisas desapareceu completamente, e Kamala agora está empatada e com tendência de alta, complicando as chances dos republicanos, que, como parece, também perdem força nos principais estados do Meio-Oeste.
Stephanie Grisham, que foi porta-voz durante parte da presidência de Trump, disse nas redes sociais que o anúncio inesperado do republicano de realizar uma entrevista coletiva na residência de Mar-a-Lago, na Flórida, é uma evidência de que "ele entrou em pânico".
"Trump acredita que sua equipe está falhando com ele e que ninguém pode salvá-lo ou defendê-lo como ele mesmo. Ele odeia a cobertura que Kamala está recebendo", afirmou.