Mundo

Kadafi acusa França de interferência por apoio a insurgentes

Ditador afirmou que há um complô no país, mais uma vez responsabilizando a Al-Qaeda pelos confrontos

Muammar Kadafi, governante líbio: "participamos na luta contra o terrorismo" (Gianluigi Guercia/AFP)

Muammar Kadafi, governante líbio: "participamos na luta contra o terrorismo" (Gianluigi Guercia/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 19h28.

Paris - O coronel Muammar Kadafi acusou a França de interferência nos assuntos internos líbios e reiterou as acusações contra a Al-Qaeda, em uma entrevista ao canal de televisão France 24.

Ao ser questionado sobre o apoio de Paris ao Conselho Nacional líbio formado pelos insurgentes em Benghazi (leste), Kadafi, que teve as declarações traduzidas do árabe para o francês, afirmou: "Nos faz rir esta interferência nos assuntos internos. E se nós atuarmos nos assuntos da Córsega ou da Sardenha?".

Kadafi afirmou que na Líbia existe um "complô", ao citar a presença de "extremistas armados", de "pequenos grupos" e de "células adormecidas" da Al-Qaeda que pegaram em armas contra a polícia e o Exército".

"A Al-Qaeda tem o plano. Penso que a Al-Qaeda tenta aproveitar a situação na Tunísia, Egito. Houve centenas e centenas de mortos do lado da polícia, dos rebeldes", insistiu.

"Participamos na luta contra o terrorismo", afirmou.

"O Conselho Nacional líbio de Benghazi navega sobre a onda do islamismo. Se os terroristas vencerem (...) eles não acreditam na democracia", acrescentou Kadafi.

No domingo, em Paris, o porta-voz do ministério francês das Relações Exteriores, Bernard Valero, afirmou que o país saudava a criação do Conselho Nacional líbio.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEuropaFrançaLíbiaMídiaMuammar KadafiPaíses ricosPolíticosServiços

Mais de Mundo

Grécia vai construir a maior 'cidade inteligente' da Europa, com casas de luxo e IA no controle

Seis mortos na Nova Caledônia, onde Exército tenta retomar controle do território

Guerra nas estrelas? EUA ampliam investimentos para conter ameaças em órbita

Reguladores e setor bancário dos EUA devem focar em riscos essenciais, diz diretora do Fed

Mais na Exame