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Suíça autoriza extradição de outro dirigente da Fifa aos EUA

Essa é a quarta extradição dos sete dirigentes presos no dia 27 de maio na cidade suíça e à pedido da Justiça americana

Combate à corrupção: essa é a quarta extradição dos sete dirigentes presos no dia 27 de maio na cidade suíça e à pedido da Justiça americana (Fabrice Coffrini/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 11h46.

Zurique - A Justiça da Suíça autoriza a extradição aos Estados Unidos de Eduardo Li, presidente da Federação de Futebol da Costa Rica preso em Zurique.

A decisão ainda pode ser alvo de um recurso. Mas manda um sinal claro de que os demais cartolas acusados pelo mesmo crime, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF, devem seguir o mesmo caminho.

Essa é a quarta extradição dos sete dirigentes presos no dia 27 de maio na cidade suíça e à pedido da Justiça americana. Um dos dirigentes, Jeffrey Webb, aceitou de forma voluntária ser extraditado aos Estados Unidos.

Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol, também teve sua extradição aprovada e ainda avalia se entra com um recurso. Rafael Esquivel, presidente da Federação Venezuelana e membro da Conmebol, também teve sua extradição confirmada.

No caso de Marin, seus advogados apresentaram uma defesa baseada no fato de que não existia base legal para a extradição e que as provas eram "frágeis". Ainda não foi tomada uma decisão sobre o seu pedido de extradição.

Segundo o inquérito da Justiça norte-americana, Marin teria pedido que parte da propina relativa à Copa do Brasil fosse direcionado a ele, numa conversa gravada com o empresário José Hawilla.

Ele também aparece quando uma das empresas que comprou os direitos para a Copa América indica a distribuição de propinas para os dirigentes sul-americanos.

Inicialmente, seus advogados indicaram que iriam recorrer da decisão. Mas, agora, montaram pelo menos dois cenários diferentes. Se sentirem que a sentença é "frágil", um recurso de fato vai ser apresentado e vão recomendar a Marin que "aguente firme" na prisão por mais alguns meses.

Mas caso a decisão dos suíços de sinais de que eles não estão dispostos a reconsiderar o caso, a defesa do brasileiro acredita que apresentar um recurso seria apenas "perda de tempo" e que apenas prolongaria a permanência de Marin na prisão.

O brasileiro tem um apartamento em Nova York e, pela lei, poderia negociar uma fiança de estimados R$ 40 milhões que o permitisse ficar em prisão domiciliar enquanto o julgamento transcorresse.

A decisão sobre Li, Figueiredo e Esquivel também reforça essa perspectiva de que Marin será extraditado. Nesta terça-feira, o Departamento de Justiça do governo suíço indicou que Li é acusado de "receber subornos por um valor de milhões".

"Estão cumpridos todos os requisitos para uma extradição", indicou o governo suíço em um comunicado, que apontou que as acusações americanas também são consideradas como crimes no país.

Uma fonte que esteve recentemente com Marin contou que o cartola está "ansioso". Sem falar inglês ou alemão, o brasileiro se comunica pouco na prisão.

Ele passou os mais de três meses em que está detido apenas lendo. Para garantir que o preso de 83 anos não se sentisse isolado, seus advogados organizaram uma agenda de três visitas semanais, apenas para manter ocupado seus dias.

Quem esteve com ele conta que já não fala mais de futebol, não pergunta nem da seleção brasileira e nem do São Paulo, seu time. Ri pouco, anda sério e de cabeça baixa e apenas abraça quem o visita.

Os visitantes ainda tentam animar o cartola com histórias e dizem que o foco no Brasil já mudou para a CPI do Futebol e a situação de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF. Para testar se ele não entraria numa depressão ou lapso de memória, seus advogados ainda mandam perguntas para avaliar suas respostas.

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No caso de Marin, seus advogados apresentaram uma defesa baseada no fato de que não existia base legal para a extradição e que as provas eram "frágeis". Ainda não foi tomada uma decisão sobre o seu pedido de extradição.

Segundo o inquérito da Justiça norte-americana, Marin teria pedido que parte da propina relativa à Copa do Brasil fosse direcionado a ele, numa conversa gravada com o empresário José Hawilla.

Ele também aparece quando uma das empresas que comprou os direitos para a Copa América indica a distribuição de propinas para os dirigentes sul-americanos.

Inicialmente, seus advogados indicaram que iriam recorrer da decisão. Mas, agora, montaram pelo menos dois cenários diferentes. Se sentirem que a sentença é "frágil", um recurso de fato vai ser apresentado e vão recomendar a Marin que "aguente firme" na prisão por mais alguns meses.

Mas caso a decisão dos suíços de sinais de que eles não estão dispostos a reconsiderar o caso, a defesa do brasileiro acredita que apresentar um recurso seria apenas "perda de tempo" e que apenas prolongaria a permanência de Marin na prisão.

O brasileiro tem um apartamento em Nova York e, pela lei, poderia negociar uma fiança de estimados R$ 40 milhões que o permitisse ficar em prisão domiciliar enquanto o julgamento transcorresse.

A decisão sobre Li, Figueiredo e Esquivel também reforça essa perspectiva de que Marin será extraditado. Nesta terça-feira, o Departamento de Justiça do governo suíço indicou que Li é acusado de "receber subornos por um valor de milhões".

"Estão cumpridos todos os requisitos para uma extradição", indicou o governo suíço em um comunicado, que apontou que as acusações americanas também são consideradas como crimes no país.

Uma fonte que esteve recentemente com Marin contou que o cartola está "ansioso". Sem falar inglês ou alemão, o brasileiro se comunica pouco na prisão.

Ele passou os mais de três meses em que está detido apenas lendo. Para garantir que o preso de 83 anos não se sentisse isolado, seus advogados organizaram uma agenda de três visitas semanais, apenas para manter ocupado seus dias.

Quem esteve com ele conta que já não fala mais de futebol, não pergunta nem da seleção brasileira e nem do São Paulo, seu time. Ri pouco, anda sério e de cabeça baixa e apenas abraça quem o visita.

Os visitantes ainda tentam animar o cartola com histórias e dizem que o foco no Brasil já mudou para a CPI do Futebol e a situação de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF. Para testar se ele não entraria numa depressão ou lapso de memória, seus advogados ainda mandam perguntas para avaliar suas respostas.

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