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Justiça recusa pedido de Trump para não entregar dados financeiros

Decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos abre caminho para um exame mais amplo sobre as contas do presidente Trump

DONALD TRUMP: decreto pode barrar a entrada de mais de 300.000 trabalhadores  (Carlos Barria/Reuters)

DONALD TRUMP: decreto pode barrar a entrada de mais de 300.000 trabalhadores (Carlos Barria/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de julho de 2020 às 12h58.

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta quinta-feira (9) uma tentativa do presidente Donald Trump de bloquear que um procurador de Nova York possa exigir a entrega de anos de registros financeiros e tributários dele de seus contadores. A decisão do principal tribunal do país abre caminho potencialmente para um exame mais amplo sobre as contas do presidente. Ao mesmo tempo, os magistrados vetaram, ao menos por ora, que a Câmara dos Representantes tenham acesso aos mesmos documentos.

A Suprema Corte ainda enviou o caso de volta a instâncias inferiores para outros procedimentos. O caso foi um dos dois levados à Suprema Corte nos quais Trump contestava intimações que foram enviadas não para ele, mas para seus contadores e banqueiros. Pelo Twitter, Trump afirmou nesta quinta que sofre "perseguição política" e destacou o fato de que o tribunal enviou o caso para instâncias inferiores, portanto os processos continuarão, dizendo ainda em frase solta que pode ter havido "improbidade da promotoria".

O Comitê de Monitoramento da Câmara dos Representantes, que investiga questões éticas relacionadas ao Executivo, havia emitido intimações para a Mazars USA requisitando oito anos de registros financeiros relacionados a Trump, sua companhia imobiliária, sua fundação e outras entidades pertencentes ao atual presidente. Um procurador distrital de Manhattan, Cyrus Vance Jr., também emitiu intimação para a companhia de contabilidade, solicitando documentos financeiros e registros tributários de Trump como parte de uma investigação de pagamentos a mulheres que alegam ter tido casos amorosos com ele.

Dois outros comitês da Câmara emitiram intimações para requisitar um conjunto amplo de informações e registros de Trump do Deutsche Bank e da Capital One Financial Corp. O banco alemão desde 1998 emprestou ou participou de empréstimos de ao menos US$ 2,5 bilhões para companhias ligadas ao hoje presidente. (Com informações da Dow Jones Newswires).

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