Mundo

Justiça determina que Twitter forneça detalhes sobre Wikileaks

Os principais investigados são o fundador do Wikileaks, Julian Assange, e a deputada Birgitta Jónsdóttir, da Islândia

Julian Assange (Getty Images)

Julian Assange (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2011 às 22h51.

Brasília - O Tribunal Regional de Virginia, nos Estados Unidos, acatou a liminar ingressada pelo governo norte-americano que exige da rede social Twitter detalhes sobre pessoas envolvidas com o site Wikileaks. O tribunal informou ter requisitado os nomes de usuários, os endereços, o histórico de conexões, os números de telefone e os detalhes de pagamento. Os principais investigados são o fundador do Wikileaks, Julian Assange, e a deputada Birgitta Jónsdóttir, da Islândia.

Assange criticou a decisão da Justiça classificando-a de “intimidação”. "[Por exemplo], se o governo do Irã tentasse obter essa informação coercitivamente de jornalistas ou ativistas de países estrangeiros, grupos de direitos humanos todos se pronunciariam", disse Assange. Segundo ele, só houve a decisão liminar "graças a ação legal do Twitter".

O governo dos Estados Unidos estuda recorrer na Justiça com uma ação contra Assange por causa do vazamento de 250 mil documentos diplomáticos considerados secretos. Uma das possibilidades é de o Departamento de Justiça norte-americano pedir o indiciamento de Assange por suspeita de conspiração e furto documentos em cumplicidade do militar Bradley Manning – que é analista de inteligência do Exército americano.

Além de Assange, Manning e Jónsdóttir, a liminar exige informações sobre o hacker holandês Rop Gonggrijp e o programador americano Jacob Appelbaum, que já colaboraram com o Wikileaks. Manning vai ser julgado em Corte Marcial e pode passar até 52 anos de prisão sob a acusação de enviar os documentos diplomáticos ao Wikileaks, assim como informações militares sobre incidentes ocorridos no Afeganistão e no Iraque, além de um vídeo militar confidencial.

De acordo com o documento emitido pelo tribunal de Virginia, em 14 de dezembro, a promotoria-geral americana teria apresentado indícios de que as informações sob posse do Twitter são "relevantes e importantes para uma investigação criminal em andamento".

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetInternetJulian AssangePersonalidadesRedes sociaisTwitterWikiLeaks

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame