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Jovem que fuma maconha fica mais exposto ao fracasso escolar

Estudo mostra que adolescentes que consomem maconha regularmente estão mais expostos ao fracasso escolar do que os demais

Maconha: maconha é a droga ilegal mais consumida no mundo (Miguel Medina/AFP)

Maconha: maconha é a droga ilegal mais consumida no mundo (Miguel Medina/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 14h07.

Paris - Os adolescentes que fumam regularmente maconha estão muito mais expostos ao fracasso escolar do que os demais, segundo os resultados de um estudo publicado nesta quarta-feira na revista médica The Lancet Psychiatry.

Os adolescentes de menos de 17 anos que fumam maconha todos os dias correm 60% a mais de riscos de não concluir o ensino médio do que aqueles que nunca fumaram a substância.

Além disso, aqueles que fumam diariamente têm sete vezes mais riscos de uma tentativa de cometer suicídio e oito vezes mais riscos de utilizar outras drogas posteriormente, destaca o estudo.

"Estes resultados aparecem no momento oportuno, já que vários estados americanos e países da América Latina tomaram o caminho da descriminalização da maconha, o que poderia tornar mais fácil para os jovens o acesso a esta droga", afirmou Richard Mattick, da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália), um dos autores da pesquisa.

A maconha é a droga ilegal mais consumida no mundo. Estatísticas recentes indicam que em alguns países os jovens começam a usar a substância cada vez mais cedo.

O estudo publicado na revista The Lancet tem como base dados obtidos por três pesquisas entre jovens da Austrália e Nova Zelândia.

Os cientistas tentaram traçar um paralelo da frequência do consumo de maconha entre os jovens com menos de 17 anos e seus comportamentos na vida posteriormente.

Os critérios usados foram o êxito escolar, o uso de drogas ilegais, dependência da maconha, a depressão e as tentativas de suicídio.

Uma relação "clara e consistente" foi encontrada entre a frequência da utilização da maconha antes dos 17 anos e a maioria dos critérios citados, destaca a Lancet.

Para o doutor Edmund Silins, outro autor do estudo, os resultados demonstram "de maneira evidente" que a luta contra o consumo precoce da maconha entre os jovens representa "importantes benefícios em termos sociais e de saúde".

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