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Jornais denunciam ofensiva do Governo por fábrica de papel

Segundo o "Clarín", Governo pretende controlar empresa Papel Prensa, maior fabricante de papel para imprensa do país

Segundo jornais, ofensiva do Governo de Cristina Fernández quer anular participação majoritária dos diários no maior fabricante de papel para imprensa do país (.)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2010 às 15h22.

Buenos Aires - Os dois principais jornais argentinos, "Clarín" e "La Nación", denunciaram neste domingo uma ofensiva do Governo de Cristina Fernández para anular sua participação majoritária no maior fabricante de papel para imprensa do país.

O Governo apresentará, na próxima terça, um relatório de 400 páginas, que, segundo funcionários do próprio Executivo, revelará as supostas ligações entre os dois jornais e o Governo vigente em 1976, para que, juntos, tomassem posse da empresa Papel Prensa.

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Segundo a edição deste domingo do "La Nación", o Governo analisa a possibilidade de anular a operação de compra das ações da empresa na época, medida que causaria um complexo processo judicial.

"O Governo pretende tomar posse dos ativos e controlar a empresa, conduzir a produção de papel para impressão de jornais e submeter, assim, o jornalismo independente, até levá-lo a uma convivência dócil com o poder", disse o "Clarín", em editorial.

Fundada em 1972, a Papel Prensa, que abastece cerca de 170 jornais de todo o país, está em mãos do Clarín - maior grupo de imprensa do país e em confronto com o Governo argentino -, com uma cota de 49%, do Estado (27,46% em forma direta e 0,62% propriedade de a agência oficial de notícias Télam) e do La Nación (22,49%), enquanto 0,43% corresponde a terceiros.

O relatório "Papel Prensa: a verdade" será apresentado na próxima terça-feira em ato na sede do Executivo, para o qual foram convidados governadores, parlamentares, embaixadores e empresários.

Segundo o "La Nación", o relatório conterá uma denúncia contra diretores do próprio jornal, do "Clarín" e do diário "La Razón" - acionista até 2000 - por supostas pressões ilegais, delitos de lesa-humanidade e coação para a compra da companhia.

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