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Jatos sírios atingem cidade rebelde perto da Turquia

A ofensiva causou um dos maiores movimentos de refugiados desde o início do conflito sírio, há 20 meses

Sírios atravessam a fronteira para a Turquia, ao entrar na cidade de Ceylanpinar: os mortos são 16 soldados e 10 rebeldes, indicou a fonte (©AFP / Str)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 22h33.

Ceylanpinar - Aviões de guerra sírios percorreram a fronteira turca na segunda-feira e bombardearam a cidade controlada pelos rebeldes Ras al-Ain a poucos metros dentro da fronteira turca.

O Comitês de Coordenação Locais, um grupo de oposição da base síria, disse que 16 pessoas morreram nos ataques aéreos. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, pró-oposição, apontou 12 mortos, incluindo sete combatentes islâmicos.

Helicópteros também metralharam alvos perto de Ras al-Ain, que foi capturada pelos rebeldes na quinta-feira durante um avanço na área a nordeste da Síria composta por árabes e curdos.

A ofensiva causou um dos maiores movimentos de refugiados desde o início do conflito sírio, há 20 meses.

Embora a Turquia esteja relutante em participar de um conflito regional, a proximidade dos ataques de segunda-feira marcam um novo teste em sua promessa de defender-se de qualquer violação de seu território ou qualquer desdobramento direto da violência na Síria.


Um dos jatos atingiu um local a poucos metros da cerca de arame farpado que divide Ras al-Ain do povoado turco de Ceylanpinar, levantando nuvens de fumaça preta.

Do ponto de vista da Turquia, perto da fronteira, o avião de guerra pareceu ficar muito perto de entrar no espaço aéreo turco.

Em uma clínica em Ceylanpinar, os médicos atendiam uma criança pequena coberta de sangue. Moradores ansiosos lotavam a parte de fora de uma casa de chá, observando o bombardeio.

"Eu pensei que o governo turco havia dito que não iria permitir que esses helicópteros chegassem tão perto da fronteira", disse um turco, que não quis ser identificado. "Olha, eles estão vindo dentro de nossa fronteira".

O ministro de Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, disse que os jatos não violaram o espaço aéreo do país, mas que a Turquia informou o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Otan sobre os últimos ataques.

"O regime de Assad é responsável pelo que aconteceu. A responsabilidade secundária fica com o Conselho de Segurança da ONU por sua inação", afirmou Davutoglu, segundo a agência de notícias estatal Anatolian.

Cerca de 9.000 sírios fugiram dos combates em Ras al-Ain para a Turquia em um período de 24 horas na semana passada, aumentando para mais de 120.000 o número de refugiados registrados em campos turcos. Há ainda dezenas de milhares de pessoas não registradas que vivem em casas turcas.

A Turquia está cada vez mais preocupada com a segurança ao longo da fronteira com a Síria, em uma área onde Ancara enfrenta uma insurgência curda.

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Ceylanpinar - Aviões de guerra sírios percorreram a fronteira turca na segunda-feira e bombardearam a cidade controlada pelos rebeldes Ras al-Ain a poucos metros dentro da fronteira turca.

O Comitês de Coordenação Locais, um grupo de oposição da base síria, disse que 16 pessoas morreram nos ataques aéreos. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, pró-oposição, apontou 12 mortos, incluindo sete combatentes islâmicos.

Helicópteros também metralharam alvos perto de Ras al-Ain, que foi capturada pelos rebeldes na quinta-feira durante um avanço na área a nordeste da Síria composta por árabes e curdos.

A ofensiva causou um dos maiores movimentos de refugiados desde o início do conflito sírio, há 20 meses.

Embora a Turquia esteja relutante em participar de um conflito regional, a proximidade dos ataques de segunda-feira marcam um novo teste em sua promessa de defender-se de qualquer violação de seu território ou qualquer desdobramento direto da violência na Síria.


Um dos jatos atingiu um local a poucos metros da cerca de arame farpado que divide Ras al-Ain do povoado turco de Ceylanpinar, levantando nuvens de fumaça preta.

Do ponto de vista da Turquia, perto da fronteira, o avião de guerra pareceu ficar muito perto de entrar no espaço aéreo turco.

Em uma clínica em Ceylanpinar, os médicos atendiam uma criança pequena coberta de sangue. Moradores ansiosos lotavam a parte de fora de uma casa de chá, observando o bombardeio.

"Eu pensei que o governo turco havia dito que não iria permitir que esses helicópteros chegassem tão perto da fronteira", disse um turco, que não quis ser identificado. "Olha, eles estão vindo dentro de nossa fronteira".

O ministro de Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, disse que os jatos não violaram o espaço aéreo do país, mas que a Turquia informou o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Otan sobre os últimos ataques.

"O regime de Assad é responsável pelo que aconteceu. A responsabilidade secundária fica com o Conselho de Segurança da ONU por sua inação", afirmou Davutoglu, segundo a agência de notícias estatal Anatolian.

Cerca de 9.000 sírios fugiram dos combates em Ras al-Ain para a Turquia em um período de 24 horas na semana passada, aumentando para mais de 120.000 o número de refugiados registrados em campos turcos. Há ainda dezenas de milhares de pessoas não registradas que vivem em casas turcas.

A Turquia está cada vez mais preocupada com a segurança ao longo da fronteira com a Síria, em uma área onde Ancara enfrenta uma insurgência curda.

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