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Japão quer investir mais US$ 2,1 bilhões em gastos militares

A injeção de dinheiro nos próximos meses chega como um adicional em relação ao orçamento militar regular para 2012-2013

Soldado oberva um lançador de mísseis em Tóquio: o Japão está envolvido em uma disputa territorial com a China por um grupo de ilhas desabitadas, e também ocorrem tensões com a Coreia do Norte. (©afp.com / Yoshikazu Tsuno)
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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 11h49.

Tóquio - O Japão planeja gastar 2,1 bilhões de dólares adicionais em mísseis, aviões de combate e helicópteros, afirmou uma autoridade governamental nesta quarta-feira, em uma tentativa de fortalecer as suas capacidades de defesa, em meio a preocupações crescentes por uma China em ascensão.

A injeção de dinheiro nos próximos meses chega como um adicional em relação ao orçamento militar regular para 2012-2013. Este bônus não faz parte do pedido de um aumento do orçamento militar para o próximo ano fiscal que os políticos solicitaram na terça-feira.

O Japão está envolvido em uma disputa territorial com a China por um grupo de ilhas desabitadas. Também ocorrem tensões com a Coreia do Norte, que enviou um foguete sobre as ilhas do sul do Japão no mês passado.

"Vamos solicitar 180,5 bilhões de ienes para serem utilizados em gastos militares de um pacote de estímulo", afirmou um porta-voz do ministério da defesa à AFP, acrescentando que parte deste dinheiro seria utilizado para comprar sistemas de mísseis antibalísticos terra-ar PAC-3 e para modernizar quatro aviões de combate F-15.


O pedido de fundos precisa ser aprovado pelo ministério das Finanças antes de ser oficialmente incluído no pacote de estímulo que o governo deve anunciar ainda neste mês, supostamente no valor de 13,1 trilhões de ienes para este ano fiscal.

O estímulo fará parte de um orçamento suplementar que o governo está preparando para este ano fiscal. O orçamento deve destinar cerca de 30 bilhões de ienes adicionais para o ministério da Defesa, além dos 180,5 bilhões.

O anúncio foi feito um dia depois de o primeiro-ministro Shinzo Abe, do Partido Liberal Democrata, afirmar que o Japão aumentaria seus gastos militares pela primeira vez em 11 anos para o próximo ano fiscal, que começa em abril.

Confrontos com a China se tornaram comuns desde que Tóquio nacionalizou parte do arquipélago disputado em setembro, um movimento que, segundo o governo, só levou à mudança de propriedade de algo que já fazia parte do território japonês.

Mas Pequim reagiu com fúria, com observadores dizendo que os protestos que eclodiram em toda a China nas semanas seguintes provavelmente contaram com o apoio do governo.


Pequim enviou navios para a região dezenas de vezes desde então - mais recentemente na segunda-feira - e no fim do ano passado despachou um avião no que foi a primeira intrusão no espaço aéreo japonês pela China.

"Além dos 180,5 bilhões de ienes, o ministério da Defesa planeja utilizar 60,5 bilhões de ienes para se preparar para as mudanças no ambiente da segurança que cerca o Japão", disse o porta-voz.

O restante do dinheiro deverá ser utilizado para atualizações dos equipamentos existentes.

O ministério da Defesa quer comprar três helicópteros de patrulha SH-60K e acrescentar uma bateria para um sistema de mísseis balísticos de médio alcance, disse.

"Precisamos atualizar nossos equipamentos num momento em que o ambiente que cerca o Japão está se tornando mais duro, com a Coreia do Norte realizando testes com lançamentos de mísseis duas vezes no ano passado e com o prosseguimento das tensões com a China", explicou.

O jornal conservador Sankei Shimbun informou nesta quarta-feira que o número de aviões militares chineses se aproximando território japonês aumentou desde que o Japão nacionalizou as ilhas.

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Tóquio - O Japão planeja gastar 2,1 bilhões de dólares adicionais em mísseis, aviões de combate e helicópteros, afirmou uma autoridade governamental nesta quarta-feira, em uma tentativa de fortalecer as suas capacidades de defesa, em meio a preocupações crescentes por uma China em ascensão.

A injeção de dinheiro nos próximos meses chega como um adicional em relação ao orçamento militar regular para 2012-2013. Este bônus não faz parte do pedido de um aumento do orçamento militar para o próximo ano fiscal que os políticos solicitaram na terça-feira.

O Japão está envolvido em uma disputa territorial com a China por um grupo de ilhas desabitadas. Também ocorrem tensões com a Coreia do Norte, que enviou um foguete sobre as ilhas do sul do Japão no mês passado.

"Vamos solicitar 180,5 bilhões de ienes para serem utilizados em gastos militares de um pacote de estímulo", afirmou um porta-voz do ministério da defesa à AFP, acrescentando que parte deste dinheiro seria utilizado para comprar sistemas de mísseis antibalísticos terra-ar PAC-3 e para modernizar quatro aviões de combate F-15.


O pedido de fundos precisa ser aprovado pelo ministério das Finanças antes de ser oficialmente incluído no pacote de estímulo que o governo deve anunciar ainda neste mês, supostamente no valor de 13,1 trilhões de ienes para este ano fiscal.

O estímulo fará parte de um orçamento suplementar que o governo está preparando para este ano fiscal. O orçamento deve destinar cerca de 30 bilhões de ienes adicionais para o ministério da Defesa, além dos 180,5 bilhões.

O anúncio foi feito um dia depois de o primeiro-ministro Shinzo Abe, do Partido Liberal Democrata, afirmar que o Japão aumentaria seus gastos militares pela primeira vez em 11 anos para o próximo ano fiscal, que começa em abril.

Confrontos com a China se tornaram comuns desde que Tóquio nacionalizou parte do arquipélago disputado em setembro, um movimento que, segundo o governo, só levou à mudança de propriedade de algo que já fazia parte do território japonês.

Mas Pequim reagiu com fúria, com observadores dizendo que os protestos que eclodiram em toda a China nas semanas seguintes provavelmente contaram com o apoio do governo.


Pequim enviou navios para a região dezenas de vezes desde então - mais recentemente na segunda-feira - e no fim do ano passado despachou um avião no que foi a primeira intrusão no espaço aéreo japonês pela China.

"Além dos 180,5 bilhões de ienes, o ministério da Defesa planeja utilizar 60,5 bilhões de ienes para se preparar para as mudanças no ambiente da segurança que cerca o Japão", disse o porta-voz.

O restante do dinheiro deverá ser utilizado para atualizações dos equipamentos existentes.

O ministério da Defesa quer comprar três helicópteros de patrulha SH-60K e acrescentar uma bateria para um sistema de mísseis balísticos de médio alcance, disse.

"Precisamos atualizar nossos equipamentos num momento em que o ambiente que cerca o Japão está se tornando mais duro, com a Coreia do Norte realizando testes com lançamentos de mísseis duas vezes no ano passado e com o prosseguimento das tensões com a China", explicou.

O jornal conservador Sankei Shimbun informou nesta quarta-feira que o número de aviões militares chineses se aproximando território japonês aumentou desde que o Japão nacionalizou as ilhas.

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