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Japão faz mea culpa por não divulgar mapas sobre contaminação

Os mapas foram recebidos por meio da embaixada dos Estados Unidos, mas não foram retransmitidos ao primeiro-ministro

Jornalista observa nível de radiação na usina nuclear de Fukushima: um funcionário do ministério das Ciências disse que não podia julgar a confiabilidade das medidas (Yoshikazu Tsuno/AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 09h53.

Tóquio - Ministros japoneses criticaram publicamente nesta terça-feira os problemas evidentes dentro do governo que impediram a divulgação de mapas de contaminação radioativa, transmitidos pelos Estados Unidos, após o acidente nuclear de Fukushima.

A Agência de Segurança Nuclear, ligada ao ministério japonês da Indústria, e o ministério das Ciências admitiram que receberam mapas com a medição real da radiação no norte e leste do Japão em 18 e 20 de março de 2011.

Os mapas atualizados foram recebidos por meio da embaixada dos Estados Unidos e do ministério japonês das Relações Exteriores, mas por alguma razão os dados não foram retransmitidos ao gabinete do primeiro-ministro nem à Comissão Nuclear.

Um funcionário do ministério das Ciências afirmou que não viu a necessidade de retransmitir os mapas, porque não podia julgar a confiabilidade das medidas, segundo explicações apresentadas à imprensa.

O Departamento de Energia dos Estados Unidos acabou por divulgar os mapas vários dias depois, com a convicção de que poderiam ser úteis para coordenar a retirada de pessoas próximas da área de Fukushima.

"É lamentável que os dados não tenham sido compartilhados nem utilizados no governo, e pedimos desculpas a todas as vítimas", afirmou o ministro da Indústria, Yukio Edano.

Durante a crise, Edano era o porta-voz do governo e estava no centro da divulgação das informações ao público.

O ministro do Meio Ambiente, Goshi Hosono, admitiu que o fato da célula de crise não ter sido capaz de utilizar os dados constituía um enorme problema.

A central nuclear de Fukushima foi gravemente afetada pelo terremoto e o devastador maremoto que sacudiram o nordeste do Japão em 11 de março de 2011.

Nos dias seguintes foram registradas explosões que destruíram a central nuclear e provocaram a dispersão de material radioativo na atmosfera de toda a região.

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A Agência de Segurança Nuclear, ligada ao ministério japonês da Indústria, e o ministério das Ciências admitiram que receberam mapas com a medição real da radiação no norte e leste do Japão em 18 e 20 de março de 2011.

Os mapas atualizados foram recebidos por meio da embaixada dos Estados Unidos e do ministério japonês das Relações Exteriores, mas por alguma razão os dados não foram retransmitidos ao gabinete do primeiro-ministro nem à Comissão Nuclear.

Um funcionário do ministério das Ciências afirmou que não viu a necessidade de retransmitir os mapas, porque não podia julgar a confiabilidade das medidas, segundo explicações apresentadas à imprensa.

O Departamento de Energia dos Estados Unidos acabou por divulgar os mapas vários dias depois, com a convicção de que poderiam ser úteis para coordenar a retirada de pessoas próximas da área de Fukushima.

"É lamentável que os dados não tenham sido compartilhados nem utilizados no governo, e pedimos desculpas a todas as vítimas", afirmou o ministro da Indústria, Yukio Edano.

Durante a crise, Edano era o porta-voz do governo e estava no centro da divulgação das informações ao público.

O ministro do Meio Ambiente, Goshi Hosono, admitiu que o fato da célula de crise não ter sido capaz de utilizar os dados constituía um enorme problema.

A central nuclear de Fukushima foi gravemente afetada pelo terremoto e o devastador maremoto que sacudiram o nordeste do Japão em 11 de março de 2011.

Nos dias seguintes foram registradas explosões que destruíram a central nuclear e provocaram a dispersão de material radioativo na atmosfera de toda a região.

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