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Israel vai construir casas em Jerusalém e na Cisjordania

"Nenhum país no mundo permitiria que alguém lhe dissesse onde pode ou não construir", afirmou Uri Ariel, ministro da habitação israelense


	Jerusalém: Israel construirá 793 novos alojamentos na cidade
 (Reuters)

Jerusalém: Israel construirá 793 novos alojamentos na cidade (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2013 às 10h01.

Jerusalém - O Ministério da Habitação de Israel anunciou neste domingo, quatro dias antes do reatamento do processo de paz com os palestinos, a construção de mais de mil casas em colônias judias nos territórios ocupados de Jerusalém Oriental e Cisjordânia.

São 793 em assentamentos no leste de Jerusalém e 394 em grandes colônias na Cisjordânia, que Israel que manter sob sua soberania em caso de acordo de paz com os palestinos.

O ministro da Habitação, Uri Ariel, do partido ultradireitista e representante dos interesses do movimento colonizador, Habait Hayehudi, destacou ao fazer o anúncio que 'nenhum país no mundo permitiria que alguém lhe dissesse onde pode ou não construir'.

'Continuaremos vendendo casas e construindo em todas as partes de Israel: no Neguev, na Galileia e no centro para dar resposta às necessidades de moradia do povo de Israel. É o correto por motivos tanto sionistas quanto econômicos', considerou.

Os palestinos reivindicavam há alguns anos um compromisso israelense de interromper a ampliação dos assentamentos para retornar à mesa de negociações, mas depois aceitaram entrar em diálogo apenas com um compromisso verbal extraoficial de frear o ritmo de obras e de fazê-las nos assentamentos maiores.

O diálogo de paz, que estava paralisado desde 2010, deve começar na próxima quarta-feira em Jerusalém e será liderado pela ministra da Justiça, Tzipi Livni, pelo lado de Israel, e pelo chefe negociador, Saeb Erekat, por parte dos palestinos.

O diplomata americano Martin Indyk será o encarregado de mediar as conversas, que se estenderão por nove meses com encontros a cada uma ou duas semanas em Jerusalém, Ramala, Jericó e Amã.

O anúncio da construção acontece pouco depois que Netanyahu retomou suas funções como primeiro-ministro, após uma ausência breve devido a uma operação de hérnia umbilical à qual foi submetido neste sábado. EFE

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