Israel acusa diretor de ONG de desviar milhões para o Hamas
Desde 2010, Mohamed Halabi teria desviado cerca de 7,2 milhões de dólares para financiar o Hamas e as suas atividades militares
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2016 às 15h54.
Israel anunciou nesta quinta-feira que prendeu e indiciou o encarregado palestino pela organização World Vision, uma ONG na Faixa de Gaza , acusando-o de desviar milhões de dólares da organização cristã presente em todo o mundo para o grupo islâmico Hamas.
As autoridades israelenses disseram que Mohamed Halabi, um engenheiro palestino de 38 anos, foi recrutado pelo Hamas em 2004, para se infiltrar nessa ONG e subir em sua hierarquia.
Assim, desde 2010, teria desviado cerca de 7,2 milhões de dólares para financiar o Hamas e as suas atividades militares, de acordo com o serviço de inteligência israelense, Shin Bet.
A World Vision, que se apresenta como uma das organizações humanitárias mais importantes do mundo com mais de 40.000 funcionários em cerca de cem países, afirmou "não ter nenhuma razão" para acreditar nas alegações.
Mas muitas autoridades israelenses fizeram dessa prisão um exemplo por excelência da exploração do Hamas da ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Mais de dois terços dos 1,9 milhão de habitantes de Gaza dependem de ajuda para viver em um território controlado pelo Hamas e submetido ao bloqueio de Israel.
Halabi foi preso em 15 de junho na passagem de Erez, entre Israel e a Faixa de Gaza, e foi indiciado por 12 acusações, incluindo por adesão a uma organização terrorista e cumplicidade com o inimigo, afirmou nesta quinta-feira a justiça israelense.
Financiamento de atividade militares
Contratado pela World Vision em 2005, assumiu o posto em Gaza em 2010, de acordo com um segurança israelense.
O Hamas, inimigo jurado de Israel, é considerado por este último, bem como pelos Estados Unidos e a União Europeia, como uma organização terrorista.
"Em nenhum momento encontramos evidências de que a organização [World Vision] estivesse envolvida ou ciente e insistimos no fato de que não estamos vigiando esta organização, mas o Hamas", disse o funcionário.
De acordo com Israel, 60% do orçamento anual da World Vision em Gaza, incluindo centenas de milhares de dólares em dinheiro, teria desaparecido sem a organização perceber.
A segurança de Israel afirma que o dinheiro teria sido usado, camuflado em projetos agrícolas, para financiar uma base de treinamento das Brigadas Ezedin al Qassam, o braço armado do Hamas, ou para a construção de túneis entre Gaza e o território israelense.
A ONG, entretanto, rejeitou as acusações contra seu diretor. Os programas da World Vision na Faixa de Gaza são habitualmente submetidos a uma auditoria independente "e a uma série de controles internos", indicou a organização em um comunicado.
"Com base nas informações disponíveis até agora, não temos razão para acreditar que essas alegações sejam verdadeiras", acrescentou.
Israel anunciou nesta quinta-feira que prendeu e indiciou o encarregado palestino pela organização World Vision, uma ONG na Faixa de Gaza , acusando-o de desviar milhões de dólares da organização cristã presente em todo o mundo para o grupo islâmico Hamas.
As autoridades israelenses disseram que Mohamed Halabi, um engenheiro palestino de 38 anos, foi recrutado pelo Hamas em 2004, para se infiltrar nessa ONG e subir em sua hierarquia.
Assim, desde 2010, teria desviado cerca de 7,2 milhões de dólares para financiar o Hamas e as suas atividades militares, de acordo com o serviço de inteligência israelense, Shin Bet.
A World Vision, que se apresenta como uma das organizações humanitárias mais importantes do mundo com mais de 40.000 funcionários em cerca de cem países, afirmou "não ter nenhuma razão" para acreditar nas alegações.
Mas muitas autoridades israelenses fizeram dessa prisão um exemplo por excelência da exploração do Hamas da ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Mais de dois terços dos 1,9 milhão de habitantes de Gaza dependem de ajuda para viver em um território controlado pelo Hamas e submetido ao bloqueio de Israel.
Halabi foi preso em 15 de junho na passagem de Erez, entre Israel e a Faixa de Gaza, e foi indiciado por 12 acusações, incluindo por adesão a uma organização terrorista e cumplicidade com o inimigo, afirmou nesta quinta-feira a justiça israelense.
Financiamento de atividade militares
Contratado pela World Vision em 2005, assumiu o posto em Gaza em 2010, de acordo com um segurança israelense.
O Hamas, inimigo jurado de Israel, é considerado por este último, bem como pelos Estados Unidos e a União Europeia, como uma organização terrorista.
"Em nenhum momento encontramos evidências de que a organização [World Vision] estivesse envolvida ou ciente e insistimos no fato de que não estamos vigiando esta organização, mas o Hamas", disse o funcionário.
De acordo com Israel, 60% do orçamento anual da World Vision em Gaza, incluindo centenas de milhares de dólares em dinheiro, teria desaparecido sem a organização perceber.
A segurança de Israel afirma que o dinheiro teria sido usado, camuflado em projetos agrícolas, para financiar uma base de treinamento das Brigadas Ezedin al Qassam, o braço armado do Hamas, ou para a construção de túneis entre Gaza e o território israelense.
A ONG, entretanto, rejeitou as acusações contra seu diretor. Os programas da World Vision na Faixa de Gaza são habitualmente submetidos a uma auditoria independente "e a uma série de controles internos", indicou a organização em um comunicado.
"Com base nas informações disponíveis até agora, não temos razão para acreditar que essas alegações sejam verdadeiras", acrescentou.