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Iraque pede mais armas para combater Estado Islâmico

O primeiro-ministro iraquiano pediu à comunidade internacional mais armas para combater o Estado Islâmico, durante reunião em Londres

O primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi: "estou aqui pessoalmente para obter mais ajuda de nossos parceiros" (Hadi Mizban/AFP)

O primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi: "estou aqui pessoalmente para obter mais ajuda de nossos parceiros" (Hadi Mizban/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 19h34.

Londres - O primeiro-ministro iraquiano, Haidar al-Abadi, pediu nesta quinta-feira à comunidade internacional mais armas para combater o grupo jihadista Estado Islâmico, durante uma reunião em Londres da coalizão criada para lutar contra este grupo islamita.

"O Iraque precisa de armas e a comunidade internacional tem a capacidade de dar ao Iraque as armas de que precisa", declarou em uma coletiva de imprensa após uma reunião com os representantes dos 21 países da coalizão em Londres.

O secretário de Estado americano, John Kerry, e seu colega britânico, Philip Hammond, participaram da coletiva de imprensa ao lado de Abadi.

"Estou aqui pessoalmente para obter mais ajuda de nossos parceiros", insistiu o líder iraquiano.

O primeiro-ministro iraquiano relacionou os problemas em equipar suas forças armadas aos baixos preços do petróleo.

"Tem sido um desastre para nós", disse ele. "Eu não quero sofrer uma derrota militar por causa de orçamentos e impostos", prosseguiu.

Kerry e Hammond deram a entender que não será um problema o envio de mais ajuda, mas não especificaram quais medidas concretas serão adotadas.

"Nós entendemos muito claramente o que ele disse", declarou Hammon, assegurando que "este esforço não será nem dissuadido nem derrotado" por "falta de munições e suprimentos".

A coalizão internacional reuniu-se pela primeira vez a nível ministerial em dezembro na sede da OTAN, em Bruxelas.

Nesta quinta, as discussões se concentraram na campanha militar contra alvos do EI, que controla extensas áreas no Iraque e na Síria, assim como as suas fontes de financiamento, suas comunicações estratégicas e a ajuda humanitária para a região.

A questão dos combatentes estrangeiros que se juntaram a grupos jihadistas foi estudada com particular interesse à luz dos recentes ataques em Paris.

Há duas semanas, três jihadistas mataram 17 pessoas em Paris, reivindicando pertencer à Al-Qaeda no Iêmen e ao EI.

A ONU calcula em 15.000 o número de estrangeiros de 80 países que estão lutando no Iraque e na Síria.

Para cortar o fluxo de jihadistas, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e seu colega turco, Ahmet Davutoglu, se comprometeram na terça-feira em cooperar compartilhando as listas de passageiros dos voos civis entre os dois países.

Ao abrir a reunião, John Kerry considerou que a luta contra o EI representa "o desafio de nosso tempo".

A reunião da coalizão, nesta quinta-feira, ocorre a poucas horas da expiração do ultimato que pesa sobre os reféns japoneses ameaçados de morte no último domingo pelo Estado Islâmico, que exige um resgate de 200 milhões de dólares.

Esta quantia equivale à ajuda militar prometida pelo Japão aos países afetados pela ofensiva do EI.

O Japão não esteve representado na reunião, mas seu ministro das Relações Exteriores, Fumio Kishida, encontrou-se na quarta-feira em Londres com seu colega, Philip Hammond.

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