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Iraque lança grande ofensiva contra Estado Islâmico

A região de Baiji, localizada 200 km ao norte de Bagdá, é um ponto de controle essencial para garantir o sucesso das operações contra o EI


	Combatentes do grupo Estado Islâmico no Iraque: região foi palco de combates ininterruptos desde que o EI tomou grandes partes do Iraque no ano passado
 (ISIL/AFP)

Combatentes do grupo Estado Islâmico no Iraque: região foi palco de combates ininterruptos desde que o EI tomou grandes partes do Iraque no ano passado (ISIL/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2015 às 11h50.

Forças iraquianas atacaram nesta quinta-feira jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) em duas frentes de combate, como parte de uma ampla ofensiva para retomar Ramadi (oeste) e Baiji (norte).

A região de Baiji, localizada 200 km ao norte de Bagdá, é um ponto de controle essencial para garantir o sucesso das operações contra o EI em seus principais redutos do norte e do oeste, de acordo com altos oficiais do exército iraquiano.

A região foi palco de combates ininterruptos desde que o EI tomou grandes partes do Iraque no ano passado, mas nesta quinta-feira comandantes militares afirmaram ter conseguido uma vitória significativa, ao recuperar o controla da maior refinaria do país.

As forças armadas e seus aliados paramilitares que atuam na Hachd al-Chaabi, unidades de mobilização popular xiitas apoiadas pelo Irã, fizeram, no entanto, declarações contraditórias sobre a tomada desta refinaria.

Alguns afirmaram que o local estava "completamente limpo", enquanto outros foram mais cautelosos, dizendo que ainda não estava totalmente sob controle das forças pró-governo.

A refinaria, que chegava a produzir até 300.000 barris de petróleo por dia, satisfazendo as necessidades de metade do país, foi danificada e não tem mais o mesmo interesse estratégico.

Por sua vez, a região de Baiji está localizada em um entroncamento entre diversas frentes importantes no Iraque e as forças de segurança iraquianas avançam para tentar cortar os canais de abastecimento do EI.

"Conseguimos cortar as rotas de abastecimento e evitar a comunicação entre os combatentes do Daech" (acrônimo em árabe para o EI) entre Tikrit e Al-Sharqat ao norte de Bagdá e Al-Anbar, a oeste, declarou um general iraquiano.

As forças iraquianas visam agora outro reduto jihadista importante, a cidade de Ramadi, capital da província de Al-Anbar.

Na quarta-feira, oficiais militares disseram que a ofensiva para recuperar Ramadi será lançada em breve.

Desde outubro, as forças de segurança iraquianas, apoiadas pelos ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, têm se aproximado gradualmente de Ramadi, região localizada 100 km a oeste de Bagdá.

A cidade foi conquistada pelos jihadistas do EI em maio deste ano, um dos mais amargos reveses do exército iraquiano.

O primeiro-ministro Haider al-Abadi tinha prometido recuperar o controle da cidade "em uma questão de dias", mas as defesas criadas pelo EI e as altas temperaturas do verão derrotaram o exército, forçado-o a fazer várias "pausas operacionais".

"Acreditamos que as forças iraquianas estão prontas para recuperar a cidade", garantiu na quarta-feira o coronel Steve Warren, porta-voz dos Estados Unidos para a coalizão em Bagdá, estimando entre 600 e 1.000 o número de combatentes do EI ainda presentes em Ramadi.

Por enquanto, as forças iraquianas tomaram posições no norte de Ramadi, em Albu Farraj. E dois ataques suicidas realizados por jihadistas nesta zona foram evitados por meio de ataques da coalizão nesta quinta-feira, disse à AFP o comandante de operações em Al-Anbar, o general Ismail Mahalawi.

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