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Iraque: 162.000 pessoas mortas desde a invasão americana

Mais de 4.000 morreram só em 2011, segundo informações da ONG Iraq Body Count

Atentado no Iraque em dezembro que matou 57 pessoas: do total de 162.000 mortes, "79% eram civis", afirmou a ONG (Khalil al-Murshidi/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2012 às 11h01.

Bagdá - Quase 162.000 pessoas, essencialmente civis, perderam a vida de maneira violenta no Iraque desde a invasão americana em março de 2003. Mais de 4.000 morreram só em 2011, indicou nesta segunda-feira (2) a ONG Iraq Body Count (IBC).

O balanço 2003-2011 foi obtido com o cruzamento das estatísticas do IBC, dedicadas aos civis, com as das autoridades iraquianas, as baixas militares dos EUA e os dados oficiais divulgados pelo site Wikileaks (Guerra do Iraque Logs), informou esta ONG internacional com sede na Grã-Bretanha.

Do total de 162.000 mortes, "79% eram civis", ressalta o relatório. A polícia também pagou um preço alto pela guerra, fora 9.019 mortes registradas.

"A violência atingiu seu pico no final de 2006, mas permaneceu a um nível elevado até o 2 º semestre de 2008", revelou o IBC.

Apenas para o ano de 2011, 4.059 civis foram mortos, mais do que em 2010 (3.976), segundo o relatório publicado duas semanas após a retirada das forças americanas do Iraque.

Estes números são significativamente maiores do que os divulgados no domingo pelas autoridades iraquianas, que relatou a morte de 2.645 iraquianos em 2011, incluindo 1.578 civis, um número abaixo dos anos anteriores.

"O número de mortes de civis no Iraque em 2011 é quase o mesmo que em 2010. Não houve tendência significativa de queda desde meados de 2009", afirmou o IBC, por sua vez.

"As tendências recentes revelam a persistência no Iraque de um conflito de baixa intensidade que vai continuar a matar civis no mesmo ritmo nos próximos anos. Estes números não mostram melhora, mas é só com o tempo que "nós vamos saber se a retirada das forças dos EUA afetará no número de vítimas", concluiu o IBC.

O projeto IBC foi lançado em janeiro de 2003 por voluntários da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos que queriam "garantir que as consequências humanas da intervenção militar no Iraque não fossem esquecidas", de acordo com o site.

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Bagdá - Quase 162.000 pessoas, essencialmente civis, perderam a vida de maneira violenta no Iraque desde a invasão americana em março de 2003. Mais de 4.000 morreram só em 2011, indicou nesta segunda-feira (2) a ONG Iraq Body Count (IBC).

O balanço 2003-2011 foi obtido com o cruzamento das estatísticas do IBC, dedicadas aos civis, com as das autoridades iraquianas, as baixas militares dos EUA e os dados oficiais divulgados pelo site Wikileaks (Guerra do Iraque Logs), informou esta ONG internacional com sede na Grã-Bretanha.

Do total de 162.000 mortes, "79% eram civis", ressalta o relatório. A polícia também pagou um preço alto pela guerra, fora 9.019 mortes registradas.

"A violência atingiu seu pico no final de 2006, mas permaneceu a um nível elevado até o 2 º semestre de 2008", revelou o IBC.

Apenas para o ano de 2011, 4.059 civis foram mortos, mais do que em 2010 (3.976), segundo o relatório publicado duas semanas após a retirada das forças americanas do Iraque.

Estes números são significativamente maiores do que os divulgados no domingo pelas autoridades iraquianas, que relatou a morte de 2.645 iraquianos em 2011, incluindo 1.578 civis, um número abaixo dos anos anteriores.

"O número de mortes de civis no Iraque em 2011 é quase o mesmo que em 2010. Não houve tendência significativa de queda desde meados de 2009", afirmou o IBC, por sua vez.

"As tendências recentes revelam a persistência no Iraque de um conflito de baixa intensidade que vai continuar a matar civis no mesmo ritmo nos próximos anos. Estes números não mostram melhora, mas é só com o tempo que "nós vamos saber se a retirada das forças dos EUA afetará no número de vítimas", concluiu o IBC.

O projeto IBC foi lançado em janeiro de 2003 por voluntários da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos que queriam "garantir que as consequências humanas da intervenção militar no Iraque não fossem esquecidas", de acordo com o site.

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