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Irã quer desenvolver economia após firmar acordo nuclear

Governo do moderado Hassan Rohani concentrará esforços em melhorar a economia do país após ter conseguido restabelecer relações com comunidade internacional.

Presidente Hassan Rohani afirmou que o Irã agora é visto "como um país que procura a paz". (HO/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2015 às 15h14.

Teerã.- O governo do moderado Hassan Rohani no Irã concentrará seus esforços em melhorar as relações econômicas do país após ter conseguido restabelecer as relações com a comunidade internacional após o acordo nuclear firmado com o Grupo 5+1 ( Estados Unidos , China, França, Reino Unido, Rússia, mais Alemanha).

As intenções foram reveladas neste sábado por Rohani, em uma longa entrevista coletiva na qual realizou um balanço das conquistas de sua gestão desde que assumiu o cargo em agosto de 2013. O presidente respondeu perguntas sobre a situação do país e as relações internacionais após a nova janela aberta ao mundo com o pacto anunciado no último dia 14 de julho, em Viena .

Rohani afirmou que o Irã agora é visto "como um país que procura a paz" e que as tentativas de "ressuscitar a 'iranofobia' estão fracassando", o que abre as portas para uma reaproximação com o mundo, proporcionando o desenvolvimento do comércio e dos investimentos para melhorar a situação do país.

Por isso, o presidente destacou que o trabalho agora terá como foco aprofundar as políticas econômicas desenvolvidas, que buscam "evitar rupturas sociais" e que, por enquanto, "tiveram êxito para acalmar os mercados, conter a inflação e sair da recessão".

O líder iraniano se mostrou satisfeito com os resultados obtidos apesar da forte queda do preço do dólar nos últimos meses, principal fonte de receita do país, e as sanções que ainda afetam a economia.

Rohani indicou que os efeitos do acordo nuclear ainda não tiveram impacto sobre o desempenho econômico do país, mas reiterou que deverão ser observados nos próximos meses.

"Levará tempo para produzirmos mais e vender mais, que o dinheiro chegue ao tesouro. Mas o que importa é que temos mais confiança das pessoas, mais esperança. É isso que conquistamos. Há confiança que o governo poderá conseguir seus objetivos", explicou.

O presidente disse que um grande número de empresas estrangeiras se aproximou do Irã após o anúncio do pacto nuclear para promover novos investimentos. Além disso, destacou que o comércio será o motor para solucionar o problema do desemprego no país, grande desafio de seu governo nos dois anos restantes de mandato.

"Nas reuniões que tive com eles, disse que é preciso trazer tecnologia, investimento e participar do mercado de dentro do país. E que o objetivo final dessa aproximação é reduzir o desemprego, que o desafio que temos e queremos solucionar. Eles não fazem bem em ver o Irã apenas como um mercado de 80 milhões de consumidores", disse.

Rohani pediu "planos de investimento" para todos os setores da economia iraniana, não somente no petrolífero, projetos que se baseiem em "sociedades conjuntas" e na transferência de tecnologia.

O presidente também apontou que um dos maiores valores da economia iraniana é o capital humano. Para Rohani, os jovens estão particularmente esperançosos na melhoria do país, o que provocou uma reversão nos últimos meses na "fuga de cérebros". Muitos iranianos formados ou empregados no exterior estão voltando para casa.

Sobre outros assuntos, Rohani disse que o Irã não renunciará às políticas de defesa, mesmo com o acordo nuclear, e tentará evitar qualquer possível "infiltração" do Ocidente na República Islâmica. Além disso, afirmou que tentará melhorar as relações políticas e econômicas do país com a Rússia, a China e a Índia.

Além disso, o líder afirmou que o pacto atômico servirá para aprofundar e não piorar, como destacam alguns críticos, as relações iranianas com os vizinhos árabes, já que o acordo foi projetado para "gerar confiança" na região. EFE

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Teerã.- O governo do moderado Hassan Rohani no Irã concentrará seus esforços em melhorar as relações econômicas do país após ter conseguido restabelecer as relações com a comunidade internacional após o acordo nuclear firmado com o Grupo 5+1 ( Estados Unidos , China, França, Reino Unido, Rússia, mais Alemanha).

As intenções foram reveladas neste sábado por Rohani, em uma longa entrevista coletiva na qual realizou um balanço das conquistas de sua gestão desde que assumiu o cargo em agosto de 2013. O presidente respondeu perguntas sobre a situação do país e as relações internacionais após a nova janela aberta ao mundo com o pacto anunciado no último dia 14 de julho, em Viena .

Rohani afirmou que o Irã agora é visto "como um país que procura a paz" e que as tentativas de "ressuscitar a 'iranofobia' estão fracassando", o que abre as portas para uma reaproximação com o mundo, proporcionando o desenvolvimento do comércio e dos investimentos para melhorar a situação do país.

Por isso, o presidente destacou que o trabalho agora terá como foco aprofundar as políticas econômicas desenvolvidas, que buscam "evitar rupturas sociais" e que, por enquanto, "tiveram êxito para acalmar os mercados, conter a inflação e sair da recessão".

O líder iraniano se mostrou satisfeito com os resultados obtidos apesar da forte queda do preço do dólar nos últimos meses, principal fonte de receita do país, e as sanções que ainda afetam a economia.

Rohani indicou que os efeitos do acordo nuclear ainda não tiveram impacto sobre o desempenho econômico do país, mas reiterou que deverão ser observados nos próximos meses.

"Levará tempo para produzirmos mais e vender mais, que o dinheiro chegue ao tesouro. Mas o que importa é que temos mais confiança das pessoas, mais esperança. É isso que conquistamos. Há confiança que o governo poderá conseguir seus objetivos", explicou.

O presidente disse que um grande número de empresas estrangeiras se aproximou do Irã após o anúncio do pacto nuclear para promover novos investimentos. Além disso, destacou que o comércio será o motor para solucionar o problema do desemprego no país, grande desafio de seu governo nos dois anos restantes de mandato.

"Nas reuniões que tive com eles, disse que é preciso trazer tecnologia, investimento e participar do mercado de dentro do país. E que o objetivo final dessa aproximação é reduzir o desemprego, que o desafio que temos e queremos solucionar. Eles não fazem bem em ver o Irã apenas como um mercado de 80 milhões de consumidores", disse.

Rohani pediu "planos de investimento" para todos os setores da economia iraniana, não somente no petrolífero, projetos que se baseiem em "sociedades conjuntas" e na transferência de tecnologia.

O presidente também apontou que um dos maiores valores da economia iraniana é o capital humano. Para Rohani, os jovens estão particularmente esperançosos na melhoria do país, o que provocou uma reversão nos últimos meses na "fuga de cérebros". Muitos iranianos formados ou empregados no exterior estão voltando para casa.

Sobre outros assuntos, Rohani disse que o Irã não renunciará às políticas de defesa, mesmo com o acordo nuclear, e tentará evitar qualquer possível "infiltração" do Ocidente na República Islâmica. Além disso, afirmou que tentará melhorar as relações políticas e econômicas do país com a Rússia, a China e a Índia.

Além disso, o líder afirmou que o pacto atômico servirá para aprofundar e não piorar, como destacam alguns críticos, as relações iranianas com os vizinhos árabes, já que o acordo foi projetado para "gerar confiança" na região. EFE

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