Investimento em energias renováveis foi de US$ 257 bilhões
Além disso, de acordo com os últimos números, as fontes renováveis proporcionaram 16,7% das necessidades energéticas do mundo
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2012 às 16h01.
Toronto - Os investimentos mundiais em energias renováveis totalizaram US$ 257 bilhões em 2011, valor 17% maior do que no ano anterior, segundo dois relatórios divulgados nesta segunda-feira no Canadá.
Além disso, de acordo com os últimos números, as fontes renováveis proporcionaram 16,7% das necessidades energéticas do mundo.
"Tendências Globais em Investimentos de Energias Renováveis", do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), e o "Relatório de Situação Global", da Renewable Energy Policy Network for the 21st Century (REN21), também revelaram que existe um excesso de fabricantes de equipamentos e uma queda dos preços.
Os dois relatórios destacaram que embora o aumento de 17% foi muito inferior ao do ano anterior (37%), isto ocorreu num momento de rápida queda dos preços dos equipamentos de energias renováveis e em meio aos cortes fiscais nos países desenvolvidos.
Eric Usher, gerente da Divisão de Tecnologia, Indústria e Economia do PNUMA, declarou à Agência Efe que embora a crise mundial não tenha impedido "um significante aumento dos investimentos, no setor o aprofundamento da crise financeira europeia é vista com preocupação". Usher também destacou que outra preocupação é "a capacidade excessiva".
"Existe um excesso de produção de equipamentos nos setores solar e eólico. Isto se traduz numa redução dos custos mas nos mercados de valores a mensagem não é tão boa porque muitos dos fabricantes estão perdendo dinheiro", acrescentou.
Usher disse que a situação está provocando uma consolidação das empresas do setor para fazer frente à crescente competitividade. Achim Steiner, diretor-executivo de PNUMA, também apontou o lado positivo do fenômeno.
"A situação de excesso de capacidade em alguns setores renováveis, particularmente o solar, proporciona a oportunidade de projetos mais caros em novos mercados com custos que poucos pensaram possíveis há alguns anos. Isto é particularmente atrativo para muitos países em desenvolvimento onde a população tem pouco acesso a serviços modernos de energia", disse Steiner.
Neste sentido, Christine Lins, secretária executiva do REN21, disse à Efe que muitos países em desenvolvimento estão aproveitando a conjuntura para proporcionar energia elétrica a locais que até agora careciam deste serviço.
"Nos países em desenvolvimento, onde grande parte da população não têm acesso a eletricidade, observamos um grande desenvolvimento de instalações "off the grid" (desligado da rede)" declarou Lins. A executiva de REN21 apontou outros benefícios.
"As energias renováveis não só estão proporcionando soluções com um custo efetivo, mas estão proporcionando soluções muito mais rápidas e mais adaptáveis para esses propósitos", acrescentou.
Os dois relatórios destacaram novamente que a China é o país que mais investiu em energias renováveis (cerca de US$ 52 bilhões em 2011).
Os Estados Unidos, graças aos programas públicos de estímulo ao setor, investiram US$ 51 bilhões, um aumento de 57% em relação ao ano anterior.
Os sete principais países em investimento energias renováveis, excluídas as grandes hidrelétricas, são China, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Itália, Índia e Japão. Estes sete países acumulam 70% da capacidade do setor, excluindo as hidrelétricas.
Se for contabilizado a produção por habitante, a Alemanha está em primeiro lugar, seguido por Espanha, Itália, EUA, Japão, China e a Índia.
Toronto - Os investimentos mundiais em energias renováveis totalizaram US$ 257 bilhões em 2011, valor 17% maior do que no ano anterior, segundo dois relatórios divulgados nesta segunda-feira no Canadá.
Além disso, de acordo com os últimos números, as fontes renováveis proporcionaram 16,7% das necessidades energéticas do mundo.
"Tendências Globais em Investimentos de Energias Renováveis", do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), e o "Relatório de Situação Global", da Renewable Energy Policy Network for the 21st Century (REN21), também revelaram que existe um excesso de fabricantes de equipamentos e uma queda dos preços.
Os dois relatórios destacaram que embora o aumento de 17% foi muito inferior ao do ano anterior (37%), isto ocorreu num momento de rápida queda dos preços dos equipamentos de energias renováveis e em meio aos cortes fiscais nos países desenvolvidos.
Eric Usher, gerente da Divisão de Tecnologia, Indústria e Economia do PNUMA, declarou à Agência Efe que embora a crise mundial não tenha impedido "um significante aumento dos investimentos, no setor o aprofundamento da crise financeira europeia é vista com preocupação". Usher também destacou que outra preocupação é "a capacidade excessiva".
"Existe um excesso de produção de equipamentos nos setores solar e eólico. Isto se traduz numa redução dos custos mas nos mercados de valores a mensagem não é tão boa porque muitos dos fabricantes estão perdendo dinheiro", acrescentou.
Usher disse que a situação está provocando uma consolidação das empresas do setor para fazer frente à crescente competitividade. Achim Steiner, diretor-executivo de PNUMA, também apontou o lado positivo do fenômeno.
"A situação de excesso de capacidade em alguns setores renováveis, particularmente o solar, proporciona a oportunidade de projetos mais caros em novos mercados com custos que poucos pensaram possíveis há alguns anos. Isto é particularmente atrativo para muitos países em desenvolvimento onde a população tem pouco acesso a serviços modernos de energia", disse Steiner.
Neste sentido, Christine Lins, secretária executiva do REN21, disse à Efe que muitos países em desenvolvimento estão aproveitando a conjuntura para proporcionar energia elétrica a locais que até agora careciam deste serviço.
"Nos países em desenvolvimento, onde grande parte da população não têm acesso a eletricidade, observamos um grande desenvolvimento de instalações "off the grid" (desligado da rede)" declarou Lins. A executiva de REN21 apontou outros benefícios.
"As energias renováveis não só estão proporcionando soluções com um custo efetivo, mas estão proporcionando soluções muito mais rápidas e mais adaptáveis para esses propósitos", acrescentou.
Os dois relatórios destacaram novamente que a China é o país que mais investiu em energias renováveis (cerca de US$ 52 bilhões em 2011).
Os Estados Unidos, graças aos programas públicos de estímulo ao setor, investiram US$ 51 bilhões, um aumento de 57% em relação ao ano anterior.
Os sete principais países em investimento energias renováveis, excluídas as grandes hidrelétricas, são China, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Itália, Índia e Japão. Estes sete países acumulam 70% da capacidade do setor, excluindo as hidrelétricas.
Se for contabilizado a produção por habitante, a Alemanha está em primeiro lugar, seguido por Espanha, Itália, EUA, Japão, China e a Índia.