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Investigadores do voo Rio-Paris negam acusações de manipulação

Técnicos retiraram do relatório final referências a problemas com o avião da Airbus, gerando reclamações de pilotos e familiares da vítimas

O presidente do BEA, Jean-Paul Troadec, apresenta o relatório final das investigações sobre o acidente do voo AF447 (Bertrand Guay/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2011 às 14h18.

Paris - O Escritório de Investigação e Análise (BEA), encarregado das pesquisas sobre o acidente do voo entre Rio de Janeiro e Paris em 2009, descartou nesta quarta-feira as acusações de manipulação lançadas por diversos meios de comunicação, por familiares das vítimas e pelo sindicato de pilotos da Air France.

Em comunicado, o BEA precisou que a investigação prossegue e que as conclusões anunciadas na sexta-feira passada são "provisórias"."As causas do acidente serão conhecidas durante a publicação do relatório final no transcurso do primeiro semestre de 2012", indicou o BEA.

A reação dos investigadores ocorre depois que a imprensa revelasse que em seu terceiro relatório provisório, o BEA eliminou uma parte que fazia referência a possíveis disfunções derivadas do modo de funcionamento do alarme de queda livre.

O BEA confirmou que eliminou essa parte porque seus investigadores consideraram que "era prematura neste momento das pesquisas". Por isso, decidiram tirar uma recomendação relativa ao funcionamento do alarme de queda livre que figurava no relatório preliminar enviado a Air France, ao proprietário do avião, Airbus, e ao sindicato de pilotos.

O BEA assegurou que continuam investigando as causas do acidente e, em particular, a incidência do alarme de queda livre. Esse alarme acendeu e apagou em vários momentos, o que pode contrariar a tripulação e equivocar sua atuação, segundo o sindicato de pilotos.

O sindicato reagiu contra o terceiro relatório provisório do BEA, que assegurava que os pilotos e copilotos do voo AF447 não tinham o treinamento adequado para pilotar manualmente o avião a grande altura.

O BEA, contudo, prometeu seguir estudando outras opções, em particular, se os pilotos puderam ter sido prejudicados pelo funcionamento do alarme. Para isso, indicaram, que criaram um grupo de trabalho, composto por especialistas de diversas disciplinas, destinado a entender a reação dos pilotos às diferentes indicações que tiveram, em particular, ao alarme de queda livre, a mais importante e sonoro de todos.

Da análise das caixas-pretas do aparelho se conclui que os pilotos escutaram o alarme, mas sua atuação não foi a adequada para evitar a queda livre do avião. "Este fato deve ser analisado em prioridade pelo grupo de trabalho", indicou nesta quarta-feira o BEA.

No cenário da polêmica há um duelo entre Air France e Airbus, ambos processados pela justiça francesa por homicídio involuntário, enquanto a revelação das mudanças no relatório do BEA provocou os familiares das vítimas, que consideraram estar "desacreditados" pela investigação, e do sindicato de pilotos, que anunciou que não colaborará mais nas pesquisas.

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Em comunicado, o BEA precisou que a investigação prossegue e que as conclusões anunciadas na sexta-feira passada são "provisórias"."As causas do acidente serão conhecidas durante a publicação do relatório final no transcurso do primeiro semestre de 2012", indicou o BEA.

A reação dos investigadores ocorre depois que a imprensa revelasse que em seu terceiro relatório provisório, o BEA eliminou uma parte que fazia referência a possíveis disfunções derivadas do modo de funcionamento do alarme de queda livre.

O BEA confirmou que eliminou essa parte porque seus investigadores consideraram que "era prematura neste momento das pesquisas". Por isso, decidiram tirar uma recomendação relativa ao funcionamento do alarme de queda livre que figurava no relatório preliminar enviado a Air France, ao proprietário do avião, Airbus, e ao sindicato de pilotos.

O BEA assegurou que continuam investigando as causas do acidente e, em particular, a incidência do alarme de queda livre. Esse alarme acendeu e apagou em vários momentos, o que pode contrariar a tripulação e equivocar sua atuação, segundo o sindicato de pilotos.

O sindicato reagiu contra o terceiro relatório provisório do BEA, que assegurava que os pilotos e copilotos do voo AF447 não tinham o treinamento adequado para pilotar manualmente o avião a grande altura.

O BEA, contudo, prometeu seguir estudando outras opções, em particular, se os pilotos puderam ter sido prejudicados pelo funcionamento do alarme. Para isso, indicaram, que criaram um grupo de trabalho, composto por especialistas de diversas disciplinas, destinado a entender a reação dos pilotos às diferentes indicações que tiveram, em particular, ao alarme de queda livre, a mais importante e sonoro de todos.

Da análise das caixas-pretas do aparelho se conclui que os pilotos escutaram o alarme, mas sua atuação não foi a adequada para evitar a queda livre do avião. "Este fato deve ser analisado em prioridade pelo grupo de trabalho", indicou nesta quarta-feira o BEA.

No cenário da polêmica há um duelo entre Air France e Airbus, ambos processados pela justiça francesa por homicídio involuntário, enquanto a revelação das mudanças no relatório do BEA provocou os familiares das vítimas, que consideraram estar "desacreditados" pela investigação, e do sindicato de pilotos, que anunciou que não colaborará mais nas pesquisas.

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