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Investigação encontra 4 corpos em busca de jovens mexicanos

A procuradoria-geral da República (PGR) do México confirmou o achado de quatro corpos em duas fossas no vilarejo de Carrizalillo, no estado de Guerrero

Pais de estudantes desaparecidos no México: a PGR detalhou em comunicado que em uma fossa "foi encontrado o corpo, possivelmente de uma mulher, e na segunda foram achados três corpos" (Alfredo Estrella/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2015 às 20h40.

Cidade do México - A procuradoria-geral da República (PGR) do México confirmou nesta quinta-feira o achado de quatro corpos em duas fossas no vilarejo de Carrizalillo, no estado de Guerrero, depois que os habitantes pediram para as autoridades buscarem no local os 43 jovens que desapareceram em 2014.

A PGR detalhou em comunicado que em uma fossa "foi encontrado o corpo, possivelmente de uma mulher, e na segunda foram achados três corpos, aparentemente dois deles de sexo feminino e um masculino".

"Com os pertences localizados, como as roupas, os profissionais da PGR trabalham no processo de identificação dos mesmos, mediante análise de antropológica, genética e odontológica, entre outros estudos", apontou.

O órgão assinalou que também foram pedidos depoimentos dos habitantes de Carrizalillo, assim como os perfis genéticos da população.

A procuradoria-geral informou que os funcionários do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) participam das operações de busca de fossas na região "com o uso de equipamento e tecnologia de ponta".

Nos últimos dias, os moradores de Carrizalillo exigiram que o governo organizasse nos arredores da cidade uma busca dos 43 alunos da Escola Normal Rural Raúl Isidro Burgos, de Ayotzinapa, depois que um suposto membro do cartel Guerreros Unidos revelou na semana passada a existência de fossas com vários corpos.

"A informação incentivou uma busca, na qual foram encontradas fossas com ossos humanos, alguns com roupa, mas os deixamos assim porque os peritos da PGR estão por aqui", disse Manuel Zepeda, morador de Carrizalillo, na terça-feira passada.

Zepeda denunciou que desde junho do ano passado a região se tornou reduto do cartel Guerreros Unidos, por isso, às vezes, os integrantes do grupo levavam suas vítimas para essa cidade e mantinham os moradores locais quase sequestrados.

Os traficantes espalharam o terror na região, cobravam cotas dos habitantes por deixá-los exercer suas atividades, os obrigavam a alimentar os integrantes do cartel e até mesmo protegê-los de grupos rivais.

Além disso, Zepeda contou que em 27 de setembro do ano passado, um dia depois do desaparecimento dos 43 estudantes supostamente por policiais corruptos e membros de Guerreros Unidos, algumas pessoas notaram movimentos estranhos de aproximadamente 40 traficantes.

Em julho deste ano, a PGR admitiu que desde outubro de 2014 foram encontradas 60 valas comuns com restos humanos de pelo menos 129 pessoas no sul do estado de Guerrero, mas nenhum deles correspondia aos 43 estudantes.

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A PGR detalhou em comunicado que em uma fossa "foi encontrado o corpo, possivelmente de uma mulher, e na segunda foram achados três corpos, aparentemente dois deles de sexo feminino e um masculino".

"Com os pertences localizados, como as roupas, os profissionais da PGR trabalham no processo de identificação dos mesmos, mediante análise de antropológica, genética e odontológica, entre outros estudos", apontou.

O órgão assinalou que também foram pedidos depoimentos dos habitantes de Carrizalillo, assim como os perfis genéticos da população.

A procuradoria-geral informou que os funcionários do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) participam das operações de busca de fossas na região "com o uso de equipamento e tecnologia de ponta".

Nos últimos dias, os moradores de Carrizalillo exigiram que o governo organizasse nos arredores da cidade uma busca dos 43 alunos da Escola Normal Rural Raúl Isidro Burgos, de Ayotzinapa, depois que um suposto membro do cartel Guerreros Unidos revelou na semana passada a existência de fossas com vários corpos.

"A informação incentivou uma busca, na qual foram encontradas fossas com ossos humanos, alguns com roupa, mas os deixamos assim porque os peritos da PGR estão por aqui", disse Manuel Zepeda, morador de Carrizalillo, na terça-feira passada.

Zepeda denunciou que desde junho do ano passado a região se tornou reduto do cartel Guerreros Unidos, por isso, às vezes, os integrantes do grupo levavam suas vítimas para essa cidade e mantinham os moradores locais quase sequestrados.

Os traficantes espalharam o terror na região, cobravam cotas dos habitantes por deixá-los exercer suas atividades, os obrigavam a alimentar os integrantes do cartel e até mesmo protegê-los de grupos rivais.

Além disso, Zepeda contou que em 27 de setembro do ano passado, um dia depois do desaparecimento dos 43 estudantes supostamente por policiais corruptos e membros de Guerreros Unidos, algumas pessoas notaram movimentos estranhos de aproximadamente 40 traficantes.

Em julho deste ano, a PGR admitiu que desde outubro de 2014 foram encontradas 60 valas comuns com restos humanos de pelo menos 129 pessoas no sul do estado de Guerrero, mas nenhum deles correspondia aos 43 estudantes.

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