Intimações são emitidas sobre encontro de Trump Jr., dizem fontes
É um sinal de que a investigação sobre os laços da campanha de Trump com a Rússia do conselheiro especial Robert Mueller está ganhando ritmo
Reuters
Publicado em 3 de agosto de 2017 às 21h59.
Washington - Intimações de grande júri foram emitidas em relação a um encontro de junho de 2016 que incluiu o filho do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , o genro do presidente e uma advogada russa, disseram duas fontes à Reuters nesta quinta-feira, em um sinal de que a investigação do conselheiro especial Robert Mueller está ganhando ritmo.
As fontes acrescentaram que Mueller havia convocado um grande júri em Washington para ajudar a investigar acusações de envolvimento russo na eleição presidencial de 2016.
A Rússia ofuscou grande parte dos seis primeiros meses de Trump na Presidência. Agências de inteligência dos Estados Unidos concluíram que a Rússia trabalhou para inclinar a eleição presidencial a favor de Trump. Mueller, que foi nomeado conselheiro especial em maio, está liderando a investigação, que também analisa possível conspiração entre a campanha de Trump e a Rússia.
Moscou nega qualquer envolvimento e Trump nega qualquer conspiração de sua campanha, enquanto denuncia frequentemente as investigações como caças às bruxas política.
O uso de Mueller de um grande júri pode lhe dar ferramentas extensas para buscar evidências, incluindo emitir intimações e obrigar testemunhas a prestarem declarações. A formação do grande júri foi relatada primeiro pelo Wall Street Journal.
Um porta-voz de Mueller se negou a comentar.
Um grande júri é um grupo de cidadãos comuns que, trabalhando a portas fechadas, considera evidências de possíveis atos irregulares criminais que um procurador está investigando e decide se acusações devem ser feitas.
"Este é um desenvolvimento sério na investigação de Mueller", disse Paul Callan, um ex-procurador.
"Dado que Mueller herdou uma investigação que começou meses atrás, isto sugeriria que ele descobriu informações apontando na direção de acusações criminais. Mas contra quem é a pergunta real".