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EUA acreditam que Rússia tentará intervir nas eleições de 2018

Desde que assumiu o cargo, no início de 2017, o diretor da CIA, Mike Pompeo, defendeu que a Rússia tentou interferir nas últimas eleições

EUA e Rússia: Para diretor da CIA, Rússia tenta interferir em eleições "há décadas" (Steffen Kugler | Bundesregierung/Reuters)
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EFE

Publicado em 13 de fevereiro de 2018 às 17h05.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2018 às 17h06.

Washington - Diretores dos serviços de inteligência e segurança dos Estados Unidos concordaram nesta terça-feira (13)  em assinalar que a Rússia não só tentou intervir nas eleições presidenciais americanas de 2016, mas voltará fazê-lo nas eleições legislativas que acontecerão em novembro deste ano.

Desde que assumiu o cargo, no início de 2017, o diretor da CIA, Mike Pompeo, defendeu que a Rússia tentou interferir nas últimas eleições, como "faz há décadas" e voltará a fazê-lo em futuras votações.

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"Não acredito que isso vá mudar", disse Pompeo durante uma audiência do Comitê de Inteligência do Senado, na qual foram analisadas as ameaças que os EUA enfrentam atualmente.

Perguntados sobre se tinham a mesma opinião do chefe da CIA, os diretores de Inteligência Nacional, do FBI, da Agência de Segurança Nacional (NSA), da Agência Geoespacial de Inteligência e da Agência de Inteligência do Departamento de Defesa foram taxativos: "sim".

Neste sentido, Dan Coates, diretor de Inteligência Nacional, afirmou que as manobras de Moscou não só representam uma ameaça para os EUA, mas tentam "minar" os próprios fundamentos da democracia, por isso também afetam a comunidade internacional.

"Toda a Otan está preocupada com a ingerência russa e com seus esforços para minar a democracia", disse Coates, que se referiu à suposta operação do Kremlin como uma "estratégia perversa" que requer a "adoção de medidas".

"A Rússia continua usando propaganda e as redes sociais para piorar o cenário político e social nos EUA e tem as eleições de 2018 como alvo", avaliou Coates.

O diretor do FBI, Christopher Wray, destacou a importância de o governo e o setor privado trabalharem "em equipe" para evitar que Moscou possa aproveitar o poder da internet para conseguir seus objetivos.

"Ao final do dia, a realidade é que não podemos vigiar completamente as redes sociais", reconheceu Wray.

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