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Inteligência de Obama "grampeia" Google, Facebook e Youtube

O grampo permite rastrear a presença na Web de um indivíduo através de áudio, vídeo, fotos, e-mails e endereço IP

Obama: as revelações de Washington Post e The Guardian ocorrem em meio ao furor pelo controle das comunicações telefônicas por parte do governo Obama (REUTERS/Larry Downing)
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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2013 às 08h39.

Washington - As agências de Inteligência dos Estados Unidos têm acesso aos servidores de nove gigantes da Internet, como Microsoft, Yahoo!, Google, Facebook e Youtube, como parte de um programa confidencial de vigilância de estrangeiros, revelam nesta quinta-feira os jornais Washington Post e Guardian.

The Washington Post informa que a Agência de Segurança Nacional (NSA) e o FBI têm acesso direto aos servidores dos grandes grupos da Internet, o que permite rastrear a presença na Web de um indivíduo através de áudio, vídeo, fotos, e-mails e endereço IP.

Algumas das maiores empresas do Silicon Valley estão envolvidas no programa, entre elas Microsoft, Yahoo, Google, Facebook, Apple, PalTalk, AOL, Skype e YouTube, revela o jornal, que dá detalhes de uma reunião secreta em abril sobre este programa - chamado PRISM - entre analistas da NSA.

O programa foi criado em 2007 e cresceu "exponencialmente", tanto que atualmente é um dos componentes mais prolíficos do Relatório Diário ao presidente Barack Obama.

As revelações de Washington Post e The Guardian ocorrem em meio ao furor pelo controle das comunicações telefônicas por parte do governo Obama, o que reabriu o debate sobre os métodos de vigilância adotados pela primeira vez pelo governo de George W. Bush, após os atentados de 11 de setembro de 2001.


The Guardian relata que a operadora de telefonia Verizon recebeu a ordem de fornecer diariamente à NSA informações sobre todas as chamadas telefônicas em seu sistema, tanto dentro dos Estados Unidos quanto entre este e outros países.

O jornal cita uma ordem judicial altamente secreta emitida em abril, da qual indicou ter obtido uma cópia, reproduzida on-line.

"O documento mostra pela primeira vez que no governo Obama são recolhidos indiscriminadamente e em grandes quantidades os registros de comunicações de milhares de cidadãos americanos, independentemente de serem ou não suspeitos", segundo The Guardian.

De acordo com o jornal, a ordem requer a entrega dos números telefônicos de ambas as partes da comunicação, a localização e a duração da chamada, assim como a hora e a identificação. No entanto, não são exigidos os conteúdos da conversa.

O diretor nacional dos serviços de Inteligência, James Clapper, reagiu às denúncias afirmando que "a divulgação não autorizada de um documento judicial secreto é uma ameaça potencial e de dano prolongado e irreversível para nossa capacidade para identificar e responder às múltiplas ameaças que enfrenta nossa Nação".

Clapper assinalou que a imprensa "omite informações fundamentais sobre a forma como era utilizado o programa para prevenir ataques terroristas, e as numerosas salvaguardas para proteger a privacidade e as liberdades civis".

O Google rejeitou ter criado uma "porta dos fundos" em seu sistema para permitir ao governo acesso a dados privados de seus usuários.


Um executivo de uma empresa de tecnologia que pediu para não ser identificado, citado pelo The Guardian, disse: "se eles estão fazendo isto, é sem nosso conhecimento".

The Guardian informa que Microsoft entrou no programa em 2007, e Apple, em outubro de 2012, sendo a incorporação mais recente.

"Jamais ouvimos falar do PRISM", afirmou o porta-voz da Apple, Steve Dowling. "Não fornecemos nenhum acesso direto às agências do governo e qualquer informação deste tipo sobre um cliente sem o devido mandato judicial".

Joe Sullivan, responsável de segurança do Facebook, garantiu que "não fornecemos a qualquer organização governamental acesso direto aos servidores, enquanto a Microsoft negou energicamente um plano "voluntário para revelar dados de usuários".

O programa teria permitido à NSA obter informações sem a necessidade de realizar solicitações aos provedores ou pedir autorizações judiciais.

O jornal afirma que o PRISM serviu de fonte para mais de 2 mil relatórios mensais de inteligência, e que 24 mil relatórios foram emitidos em 2012, um aumento de 27% em relação a 2011.

No total, 77 mil relatórios de inteligência foram baseados no PRISM desde o início do programa, há seis anos, revela The Guardian.

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The Washington Post informa que a Agência de Segurança Nacional (NSA) e o FBI têm acesso direto aos servidores dos grandes grupos da Internet, o que permite rastrear a presença na Web de um indivíduo através de áudio, vídeo, fotos, e-mails e endereço IP.

Algumas das maiores empresas do Silicon Valley estão envolvidas no programa, entre elas Microsoft, Yahoo, Google, Facebook, Apple, PalTalk, AOL, Skype e YouTube, revela o jornal, que dá detalhes de uma reunião secreta em abril sobre este programa - chamado PRISM - entre analistas da NSA.

O programa foi criado em 2007 e cresceu "exponencialmente", tanto que atualmente é um dos componentes mais prolíficos do Relatório Diário ao presidente Barack Obama.

As revelações de Washington Post e The Guardian ocorrem em meio ao furor pelo controle das comunicações telefônicas por parte do governo Obama, o que reabriu o debate sobre os métodos de vigilância adotados pela primeira vez pelo governo de George W. Bush, após os atentados de 11 de setembro de 2001.


The Guardian relata que a operadora de telefonia Verizon recebeu a ordem de fornecer diariamente à NSA informações sobre todas as chamadas telefônicas em seu sistema, tanto dentro dos Estados Unidos quanto entre este e outros países.

O jornal cita uma ordem judicial altamente secreta emitida em abril, da qual indicou ter obtido uma cópia, reproduzida on-line.

"O documento mostra pela primeira vez que no governo Obama são recolhidos indiscriminadamente e em grandes quantidades os registros de comunicações de milhares de cidadãos americanos, independentemente de serem ou não suspeitos", segundo The Guardian.

De acordo com o jornal, a ordem requer a entrega dos números telefônicos de ambas as partes da comunicação, a localização e a duração da chamada, assim como a hora e a identificação. No entanto, não são exigidos os conteúdos da conversa.

O diretor nacional dos serviços de Inteligência, James Clapper, reagiu às denúncias afirmando que "a divulgação não autorizada de um documento judicial secreto é uma ameaça potencial e de dano prolongado e irreversível para nossa capacidade para identificar e responder às múltiplas ameaças que enfrenta nossa Nação".

Clapper assinalou que a imprensa "omite informações fundamentais sobre a forma como era utilizado o programa para prevenir ataques terroristas, e as numerosas salvaguardas para proteger a privacidade e as liberdades civis".

O Google rejeitou ter criado uma "porta dos fundos" em seu sistema para permitir ao governo acesso a dados privados de seus usuários.


Um executivo de uma empresa de tecnologia que pediu para não ser identificado, citado pelo The Guardian, disse: "se eles estão fazendo isto, é sem nosso conhecimento".

The Guardian informa que Microsoft entrou no programa em 2007, e Apple, em outubro de 2012, sendo a incorporação mais recente.

"Jamais ouvimos falar do PRISM", afirmou o porta-voz da Apple, Steve Dowling. "Não fornecemos nenhum acesso direto às agências do governo e qualquer informação deste tipo sobre um cliente sem o devido mandato judicial".

Joe Sullivan, responsável de segurança do Facebook, garantiu que "não fornecemos a qualquer organização governamental acesso direto aos servidores, enquanto a Microsoft negou energicamente um plano "voluntário para revelar dados de usuários".

O programa teria permitido à NSA obter informações sem a necessidade de realizar solicitações aos provedores ou pedir autorizações judiciais.

O jornal afirma que o PRISM serviu de fonte para mais de 2 mil relatórios mensais de inteligência, e que 24 mil relatórios foram emitidos em 2012, um aumento de 27% em relação a 2011.

No total, 77 mil relatórios de inteligência foram baseados no PRISM desde o início do programa, há seis anos, revela The Guardian.

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