Mundo

Inspetores de desarmamento reiniciam os trabalhos na Síria

A missão da OPAQ e das Nações Unidas, sem precedentes em um país em guerra, é realizada com a maior discreção


	Carros da ONU: na noite de quarta, uma segunda equipe formada por 12 especialistas chegou à capital síria, e agora o número de inspetores é de 27
 (AFP)

Carros da ONU: na noite de quarta, uma segunda equipe formada por 12 especialistas chegou à capital síria, e agora o número de inspetores é de 27 (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 12h27.

Damasco - Os inspetores encarregados de supervisionar o desarmamento do arsenal químico na Síria reiniciaram nesta quinta-feira seus trabalhos, um dia depois da chegada de uma segunda equipe de especialistas a Damasco.

A missão da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) e das Nações Unidas, sem precedentes em um país em guerra, é realizada com a maior discreção.

Na noite de quarta, uma segunda equipe formada por 12 especialistas chegou à capital síria, e agora o número de inspetores é de 27.

Também na véspera, a organização encarregada de supervisionar a destruição do arsenal químico pediu perídos de cessar-fogo temporários nesse país devastado por um conflito sangrento, para que seus inspetores possam realizar sua missão dentro do prazo previsto.

O diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas, Ahmet Uzumcu, falou de um calendário "extremamente apertado" estabelecido para este processo de desmantelamento, que é realizado pela primeira vez em um país em conflito.

"Acredito que a eliminação das armas químicas interessa a todas as partes e acho que, se os cessar-fogos temporários puderem ser estabelecidos, esses objetivos poderão ser alcançados", declarou Uzumcu.

A OPAQ foi encarregada por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU de desmantelar o arsenal químico do poder sírio e as instalações ligadas a essas armas.


Para Uzumcu, a data limite de 1º de novembro para a destruição do arsenal químico e de todas as instalações de produção de armas químicas não é irrealista.

A resolução 2118 foi adotada com base em um acordo concluído entre Rússia e Estados Unidos, após um ataque químico no dia 21 de agosto contra o subúrbio de Damasco. A responsabilidade por esse ataque foi atribuída pelas potências ocidentais ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, que culpou a rebelião.

Depois do início da missão da OPAQ na Síria, no dia 1º de outubro, Damasco recebeu elogios internacionais pela cooperação.

Os inspetores da primeira equipe, composta por 19 especialistas da OPAQ e por 16 especialistas em logística e segurança da ONU, já começou a destruir instalações de produção de armas químicas. Imagens de seu trabalho foram divulgadas pela rede de televisão oficial síria.

Acompanhe tudo sobre:Armas químicasONUSíria

Mais de Mundo

Grécia vai construir a maior 'cidade inteligente' da Europa, com casas de luxo e IA no controle

Seis mortos na Nova Caledônia, onde Exército tenta retomar controle do território

Guerra nas estrelas? EUA ampliam investimentos para conter ameaças em órbita

Reguladores e setor bancário dos EUA devem focar em riscos essenciais, diz diretora do Fed

Mais na Exame