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Independência da Catalunha faz crescer temor de guerra civil

Oficial da União Europeia teme que processo de separação possa causar conflito entre região e governo central e vê situação como "perturbadora"

Polícia Nacional da Espanha: repressão contra locais de votação deixaram mais de 800 feridos na Catalunha (Albert Gea/Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 6 de outubro de 2017 às 11h32.

Última atualização em 6 de outubro de 2017 às 11h36.

São Paulo -  A possível consolidação da independência da região da Catalunha (Espanha) aumenta os riscos de uma guerra civil no coração da Europa. O alerta foi feito pelo oficial da União Europeia (UE), Gunther Oettinger, e divulgado pelo jornal britânico The Telegraph.

“A situação é muito perturbadora”, disse ele à publicação. “Só podemos esperar que uma conversa entre Madri e Barcelona (capital da Catalunha) aconteça o quanto antes”, continuou o oficial, que lembrou, ainda, que a UE está disposta a mediar as negociações entre as partes, “se solicitado”.

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Independência na Catalunha

No último final de semana, o governo da Catalunha realizou um plebiscito pela independência da Espanha. A votação não aconteceu em paz: mais de 800 pessoas ficaram feridas durante a repressão policial que visava impedir a consulta. Essa tentativa foi em vão, já que, segundo autoridades locais, 90% dos eleitores compareceram e 42% deles votaram pela separação.

Agora, a situação na região é delicada: enquanto o líder catalão Carles Puigdemont vê como iminente a sua prisão e segue pressionando para que a independência seja declarada neste final de semana, o governo da Espanha já deixou claro que não irá permitir essa separação.

Uma possível consolidação dessa independência está agitando o mundo, especialmente por conta do temor de que o processo seja um obstáculo para a recuperação econômica da Espanha.

“Já que nossas perspectivas para a economia espanhola são fortes, prolongadas tensões e incerteza em relação à Catalunha poderiam pesar sobre a confiança e as decisões de investimento”, declarou o Fundo Monetário Internacional (FMI).

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