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Impactos de hidrelétricas destroem tribos nativas, diz Survival

Organização internacional publicou relatório com exemplos de construção de usinas no Brasil, China e Peru

Inundação na Amazônia provocada pela formação de uma represa para hidrelétrica de Balbina (Veja/ANTONIO RIBEIRO)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Londres - Os povos indígenas estão sofrendo "de forma desproporcional" o impacto negativo das usinas hidrelétricas construídas em suas terras de origem quase sem receber benefícios por isso.

Tal é a conclusão de um relatório publicado hoje pela organização Survival International por ocasião do Dia Internacional dos Povos Indígenas, no qual se denunciam os efeitos devastadores da atual corrida para construir represas hidrelétricas, várias delas com fundos do Banco Mundial.

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Segundo a entidade, há no mundo todo um forte aumento do ritmo de construção dessas usinas, que exigem o alagamento de extensas áreas para as represas e forçam a retirada das comunidades nativas.

A tribo amazônica Enawene Nawe será afetada pelos planos do Governo de construir 29 represas em seus rios, ressalta o relatório, segundo o qual, em toda a Amazônia, inúmeras comunidades serão afetadas pela expansão na energia hidrelétrica na região, entre as quais cinco isoladas.

Com fundos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as comunidades ribeirinhas do rio Xingu também sofrerão o impacto da polêmica usina de Belo Monte, acrescenta o relatório.

A Survival exemplifica também casos do Peru e da China para ilustrar o impacto negativo das hidrelétricas sobre comunidades nativas.

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