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Imigrantes grávidas detidas nos Estados Unidos são vítimas de maus-tratos

A ativista Stacey Stewart disse que está "horrorizada" com o suposto maus-tratos a grávidas detidas enquanto é resolvida sua situação imigratória nos EUA

"Isto é simplesmente intolerável", disse a presidente do grupo March of Dimes (./Getty Images)
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EFE

Publicado em 10 de julho de 2018 às 15h18.

Washington - Várias grávidas sofreram supostos maus-tratos em centros de detenção de imigrantes nos Estados Unidos , denunciou nesta terça-feira a organização americana March of Dimes, dedicada à saúde de mães e bebês.

"Sob nenhuma circunstância é aceitável negar atendimento médico imprescindível ou amarrar mulheres grávidas, independentemente de seu status imigratório", afirmou em comunicado a presidente da March of Dimes, Stacey Stewart.

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A ativista disse que está "horrorizada" pelas informações recentes sobre o suposto maus-tratos a grávidas detidas enquanto é resolvida sua situação imigratória, algo informado pelo site "BuzzFeed News" em uma reportagem na qual citou várias mulheres afetadas por estas práticas.

A respeito, Stewart criticou uma "falta sistêmica de proteção de saúde básica das mulheres e bebês em custódia do Governo" do presidente americano, Donald Trump.

"Isto é simplesmente intolerável", acrescentou a presidente do grupo com sede central no estado de Nova York.

A organização March of Dimes pediu ao Departamento de Segurança Nacional (DHS) que investigue "imediatamente" essas denúncias e que garanta que todos os funcionários, empreiteiros e instalações do Executivo cumpram com as guias e políticas atuais sobre a detenção, a restrição e a prestação de atendimento médico às grávidas.

Além disso, reivindicou ao Congresso americano que inicie investigações formais sobre estas práticas que, segundo Stewart, "violam as diretrizes do Congresso e as guia atuais do DHS e do Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça (CBP)".

A Administração Trump iniciou em abril sua polêmica política de "tolerância zero" contra a imigração, que levou a separar de seus pais cerca de 3 mil menores de idade - dos quais 500 já foram entregues aos seus pais -, medida que foi finalmente suspensa em meados de junho pelas enormes críticas recebidas.

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