Acompanhe:

Iceberg 3 vezes maior que a cidade de São Paulo se separa na Antártica

O iceberg A-76, de quase 170 km de comprimento por 25 km de largura e uma superfície total de 4.320 quilômetros quadrados, está à deriva no Mar de Weddell

Modo escuro

Continua após a publicidade
O iceberg A-76 tem superfície de 4.320 quilômetros quadrados (AFP/AFP)

O iceberg A-76 tem superfície de 4.320 quilômetros quadrados (AFP/AFP)

A
AFP

Publicado em 20 de maio de 2021 às, 09h18.

O maior iceberg do mundo se desprendeu da plataforma de gelo de Ronne, na Antártica, segundo imagens de um satélite do programa europeu Copernicus - anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

O iceberg A-76, de quase 170 km de comprimento por 25 km de largura e uma superfície total de 4.320 quilômetros quadrados, está à deriva no Mar de Weddell, de acordo com um comunicado divulgado pela agência na quarta-feira à noite.

Foi observado inicialmente pelo British Antarctic Survey (BAS), organismo de pesquisa britânico para as zonas polares que tem uma base próxima ao local.

Até então, o maior iceberg do mundo era o A-23A, com superfície de 3.380 quilômetros quadrados, também à deriva no Mar de Weddell, conforme a ESA.

As imagens do imenso bloco de gelo A-76 foram registradas pelo satélite Sentinel-1, que integra o programa europeu de observação Copernicus.

O Centro Nacional de Gelo dos Estados Unidos afirmou que o iceberg A-76 iniciou a separação da plataforma de Ronne em 13 de maio.

A estação polar britânica localizada na plataforma de gelo de Brunt, também no Mar de Weddell, foi testemunha, em fevereiro passado, da ruptura de um iceberg de 1.270 quilômetros quadrados.

Em novembro de 2020, outro iceberg gigante, que era o maior do mundo quando se desprendeu em 2017, aproximou-se perigosamente de uma ilha do Atlântico Sul, ameaçando colônias de pinguins e focas.

Este iceberg, o A68, separou-se de uma gigantesca plataforma de gelo, chamada Larsen C, e a privou de 12% de sua superfície, o que a tornou mais instável. Outras partes desta barreira, situada na ponta da península antártica, desintegraram-se em 1995 e em 2002.

A temperatura do planeta aumentou mais de 1ºC desde a era pré-industrial, devido às emissões de gases causadores do efeito estufa, provocadas pelas atividades humanas. A Antártica registrou, no entanto, um aumento de temperatura duas vezes superior.

A formação de icebergs é um processo natural que o aquecimento do ar e dos oceanos acelera, segundo os cientistas.

Os icebergs são tradicionalmente batizados com uma letra que corresponde à zona da Antártica em que foram detectados pela primeira vez, seguidos por um número.

  • Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.

Últimas Notícias

Ver mais
Metas climáticas da Escócia são inatingíveis, diz comitê britânico
ESG

Metas climáticas da Escócia são inatingíveis, diz comitê britânico

Há uma semana

Líderes se reúnem sobre clima, após confirmação de que 2023 foi ano mais quente da história
ESG

Líderes se reúnem sobre clima, após confirmação de que 2023 foi ano mais quente da história

Há uma semana

Calor infernal? Não. Chegamos à beira do abismo, alerta a ONU
ESG

Calor infernal? Não. Chegamos à beira do abismo, alerta a ONU

Há uma semana

Vírus da gripe aviária é detectado pela primeira vez em pinguins na Antártica
Mundo

Vírus da gripe aviária é detectado pela primeira vez em pinguins na Antártica

Há 2 semanas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais