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Iata corta previsão de lucro de aéreas devido a Ucrânia

Estimativa é de que os preços mais altos de petróleo, impulsionados pela crise na Crimeia, acrescentem US$3 bilhões em custos inesperados em 2014


	Aerolíneas Argentinas: companhias aéreas da América Latina devem divulgar um lucro de 1 bilhão de dólares este ano, um terço a menos do que o esperado anteriormente
 (Wikimedia Commons)

Aerolíneas Argentinas: companhias aéreas da América Latina devem divulgar um lucro de 1 bilhão de dólares este ano, um terço a menos do que o esperado anteriormente (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 10h01.

Genebra - As companhias aéreas mundiais esperam gerar 1 bilhão de dólares a menos de lucro este ano do que projetavam anteriormente, redução que impactará uma recuperação liderada pelos Estados Unidos, conforme a crise na Ucrânia eleva os gastos da indústria com combustíveis, disse a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), nesta quarta-feira.

A estimativa é de que os preços mais altos de petróleo, impulsionados pela crise na Crimeia, acrescentem 3 bilhões de dólares em custos inesperados em 2014, o que será parcialmente compensado por uma revisão positiva de 2 bilhões de dólares na receita com transporte de cargas.

A organização baseada em Genebra estima agora que as companhias aéreas tenham um lucro de 18,7 bilhões de dólares este ano, uma queda ante os 19,7 bilhões em sua previsão anterior, feita em dezembro. A indústria, no entanto, continua em um movimento cíclico de crescimento após um lucro de 12,9 bilhões de dólares em 2013.

"A situação na Ucrânia está causando uma instabilidade que está elevando o preço do petróleo e este foi o principal causador do corte na revisão atual", disse o diretor-geral da Iata, Tony Tyler, em uma coletiva de imprensa.

Uma fraqueza econômica na Argentina e no Brasil também está atrapalhando os lucros. As companhias aéreas da América Latina devem divulgar um lucro de 1 bilhão de dólares este ano, um terço a menos do que o esperado anteriormente.

A Iata, que representa cerca de 200 companhias aéreas e administra o sistema de compensação da indústria para vendas de passagens, alertou que algumas linhas aéreas podem parar de voar à Venezuela em meio a uma disputa pelo congelamento de 3,7 bilhões de dólares devidos a companhias aéreas estrangeiras.

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