Massacre em 2017: empresa argumenta que tomou as medidas de segurança requeridas e que, portanto, não pode ser apontada como responsável (Bill Hughes/Reuters)
EFE
Publicado em 17 de julho de 2018 às 16h31.
Washington - A companhia proprietária do hotel do massacre ocorrido em Las Vegas em outubro de 2017 interpôs um processo contra mais de mil vítimas do incidente para rejeitar sua responsabilidade em matéria de segurança, informou nesta terça-feira a equipe legal de parte dos afetados.
O MGM Resorts International registrou denúncias federais contra mais de mil pessoas que foram vítimas dos fatos, quando 58 foram assassinadas e centenas ficaram feridas depois que o autor do ataque, Stephen Paddock, abriu fogo durante um show, afirmou em seu site o advogado Robert Eglet.
A empresa argumenta que tomou as medidas de segurança requeridas e que, portanto, não pode ser apontada como responsável por qualquer morte, lesão ou outros danos causados pelo massacre, razão pela qual reivindicou que qualquer pedido neste sentido seja rejeitado.
Segundo a rede de hotéis, o espaço cumpria com os padrões estabelecidos pelo Departamento de Segurança Nacional para que estivesse protegido em relação à responsabilidade nesta matéria com base a uma norma de 2002.
Eglet, advogado de um grande número das vítimas, criticou a decisão da empresa de interpor o processo em um tribunal federal, ao considerar que deveria ter sido registrada em nível estadual em Nevada.
"Nunca vi algo mais degradante do que processar as vítimas em um esforço para encontrar um juiz de seu gosto", comentou o advogado sobre a decisão da companhia, em declarações coletadas por veículos de imprensa americanos.
Em 11 de outubro, dez dias depois dos fatos, uma sobrevivente, Paige Gasper, de 21 anos, interpôs a primeira denúncia contra a companhia que gerencia o hotel Mandalay Bay, onde aconteceu o ataque.