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Hong Kong se prepara para novos protestos contra lei de extradição à China

Nos últimos dias, manifestantes protestaram contra a aprovação do projeto de lei que aprova a extradição de pessoas à China para julgamento

Hong Kong: petição online pediu que 50 mil pessoas cercassem o prédio do Legislativo entre hoje e amanhã (Tyrone Siu/Reuters)
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Reuters

Publicado em 11 de junho de 2019 às 10h55.

Última atualização em 12 de junho de 2019 às 10h50.

Hong Kong se preparou para greves, atrasos nos transportes e outro protesto em massa contra uma proposta de lei de extradição que permitiria que pessoas sejam enviadas à China para julgamento, e a líder da cidade controlada pela China prometeu resistir às manifestações.

A líder Carrie Lam disse que vai seguir em frente com o projeto, apesar das profundas preocupações em grande parte do centro financeiro asiático, o que desencadeou no domingo a maior manifestação política em mais de 15 anos.

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Em uma atitude rara, líderes empresariais proeminentes alertaram que a aprovação da lei de extradição poderia minar a confiança dos investidores em Hong Kong e desgastar suas vantagens competitivas.

Estima-se que o projeto de lei, que gerou uma ampla oposição no país e no exterior, passe por uma segunda rodada de debates na quarta-feira no Conselho Legislativo, composto por 70 membros. A legislatura é controlada por uma maioria pró-Pequim.

Uma petição online pediu que 50 mil pessoas cercassem o prédio do Legislativo às 22h (horário local) desta terça-feira e permanecessem até quarta-feira.

O Reino Unido devolveu Hong Kong à China mediante a fórmula "um país, dois sistemas", com garantias de que sua autonomia e suas liberdades, incluindo um sistema de justiça independente, seriam protegidas.

Manifestantes protestam em Hong Kong contra a lei de extradição à China. 09/06/2019

No entanto, muitos acusam a China de ampla interferência em muitos setores, inclusive de impedir reformas democráticas, limitar as liberdades e interferir em eleições locais, além do desaparecimento de cinco vendedores de livros sediados em Hong Kong, a partir de 2015, que se especializavam em obras críticas a líderes chineses.

Após confrontos na madrugada de segunda-feira entre alguns manifestantes e policiais depois de um protesto pacífico no domingo, Lam alertou contra quaisquer "ações radicais".

A polícia ergueu barreiras de metal para proteger o prédio do Conselho, enquanto um pequeno número de manifestantes começava a se reunir nesta terça-feira, apesar das chuvas torrenciais e dos avisos de tempestade.

"Nós só queremos proteger nossa terra natal. Isso está errado?... Peço a todas as pessoas e a todos os estudantes de Hong Kong que entrem em greve amanhã para lhes dizer que não vamos aceitar essa lei perversa", disse um estudante.

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