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Homem ateia fogo a si mesmo do lado de fora de julgamento de Trump em Nova York

Ex-presidente é julgado por fraude envolvendo suborno a atriz pornô

Homem que ateou fogo a si mesmo perto de julgamento de Trump é levado por equipe médica (Michael M. Santiago/AFP)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 19 de abril de 2024 às 15h05.

Última atualização em 19 de abril de 2024 às 17h44.

Um homem ateou fogo em si mesmo do lado de fora do tribunal onde o ex-presidente Donald Trump está sendo julgado, em Nova York, no começo da tarde desta sexta, 19.

O caso ocorreu por volta de 13h30 na hora local (14h30 em Brasília), em Collect Pond Park, que fica do outro lado da rua do tribunal onde Trump está sendo julgado, no sul de Manhattan. A cena foi registrada pela CNN e por outras emissoras de TV que estavam no local. O homem, identificado como Max Azzarello, 37, jogou panfletos no ar, com teorias antissistema, depois abriu a jaqueta e tirou algo que usou para atear fogo em si mesmo.

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Pedestres que estavam no local tentaram ajudar, mas a força das chamas os assustou, segundo o New York Times. Em seguida, policiais vieram ajudar e um deles usou um extintor, que apagou as chamas. Em seguida, o homem foi levado para uma ambulância.

Azzarello, 37, veio de St. Augustine, Flórida. Nos últimos dias, ele estava protestando com cartazes do lado de fora do tribual, com frases como "Trump está com Biden e eles estão presteste a dar um golpe fascista".

O julgamento de Trump

O julgamento na Suprema Corte de Manhattan chegou nesta sexta ao quarto dia. Neste dia, foram definidos quem serão os 12 jurados e seis suplentes.

Trump é julgado por usar recursos de origem irregular para pagar pelo silêncio de Stormy Daniels, ex-atriz pornô que dizia ter tido um caso com ele. O caso veio à tona em 2018. O ex-presidente é acusado de ter pago o valor de suborno por meio de seu advogado e ter mascarado a transação como se fossem pagamentos de honorários.

O julgamento como um tododeve durar seis semanas, período em que devem falar diversas testemunhas, como o ex-advogado e ex-braço direito do empresário Michael Cohen, que pagou os 130 mil dólares (pouco mais de R$ 690 mil na cotação atual) à ex-atriz.

O empresário de 77 anos, que se declarou inocente das acusações da Promotoria de Manhattan, lamentou novamente na quinta-feira a exigência de estar em um "julgamento muito injusto", ao invés de prosseguir com sua campanha. "O mundo inteiro está vendo esta farsa", disse, voltando a utilizar o caso para seus ataques eleitorais contra o presidente Joe Biden, a imigração e o sistema judicial.

O republicano enfrenta outros três processos criminais, incluindo acusações muito mais graves de tentativa de anular a derrota eleitoral em 2020 para Biden, mas que foram repetidamente adiados, o que torna improvável que aconteçam antes das eleições.

Se for declarado culpado, Trump pode receber uma pena de prisão, mas o mais provável é que receba uma multa. O veredito do júri precisa ser unânime.

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