Hollande busca apoio de Putin para coalizão contra EI
Hollande tem o apoio do premier britânico David Cameron, que pediu ao parlamento que seu país se some aos bombardeios contra o EI
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2015 às 13h01.
O presidente francês François Hollande viaja nesta quinta-feira a Moscou para tentar incorporar seu colega russo Vladimir Putin a uma frente unida contra o grupo Estado Islâmico, autor dos atentados de 13 de novembro, em Paris.
Hollande tem por ora o apoio do primeiro-ministro britânico David Cameron, que nesta quinta-feira pediu ao parlamento que seu país se some aos bombardeios contra o EI na Síria, alegando que Londres não pode "delegar sua segurança a outros países".
No momento, os britânico só participam nos bombardeios aéreos no Iraque, dentro da coalizão antijahdista liderada pelos Estados Unidos nesse país e na Síria.
Por seu lado, a Alemanha estuda o envio de aviões de reconhecimento para ajudar na luta contra o EI na Síria, segundo o porta-voz do partido da chanceler Angela Merkel em temas de Defesa, Henning Otte.
Antes de viajar para a Rússia, Hollande se conversou com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, que confirmou seu compromisso a favor de uma estratégia global contra o terrorismo, sem explicar como concretizará esta promessa.
Maratona diplomática
O presidente francês está mergulhado numa maratona diplomática esta semana, durante a qual se reuniu com Cameron, o presidente Barack Obama, Merkel e Renzi.
A ambição de Hollande é formar uma coalizão sólida e unida frente ao grupo jihadista que realizou os atentados de 13 de novembro em Paris, deixando 130 mortos.
Seus integrantes e supostos cúmplices, o francês Salah Abdeslam e o belgo-marroquino Mohamed Abrini são procurados freneticamente.
Nessa linha, tenta aproximar posições entre a coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o EI no Iraque e na Síria, e a Rússia, que por conta própria age em terras sírias com o objetivo de dar apoio ao regime de Damasco.
As potências ocidentais reprovam Putin por esta estratégia, e pedem que se concentre em combater o EI.
Obama expressou suas reservas a respeito das possibilidades de cooperação com a Rússia no conflito sírio, enquanto não acontecer uma "mudança estratégica" de Vladimir Putin, situação que transforma em algo extremamente hipotético a possibilidade de formar uma grande coalizão incluindo Moscou.
O projeto francês de maior coordenação no combate contra o EI sofreu outro revés na terça-feira, quando a Turquia, país membro da Otan e que integra a coalizão anti-EI liderada pelos Estados Unidos, derrubou um avião russo, acusado de ter violado o espaço aéreo turco na fronteira com a Síria.
Apesar do clima tenso, a diplomacia russa parece estender a mão às potências ocidentais, ao afirmar que o país está "disposto a constituir um Estado-Maior comum" contra o EI, incluindo a França, os Estados Unidos e até mesmo a Turquia.
O presidente francês François Hollande viaja nesta quinta-feira a Moscou para tentar incorporar seu colega russo Vladimir Putin a uma frente unida contra o grupo Estado Islâmico, autor dos atentados de 13 de novembro, em Paris.
Hollande tem por ora o apoio do primeiro-ministro britânico David Cameron, que nesta quinta-feira pediu ao parlamento que seu país se some aos bombardeios contra o EI na Síria, alegando que Londres não pode "delegar sua segurança a outros países".
No momento, os britânico só participam nos bombardeios aéreos no Iraque, dentro da coalizão antijahdista liderada pelos Estados Unidos nesse país e na Síria.
Por seu lado, a Alemanha estuda o envio de aviões de reconhecimento para ajudar na luta contra o EI na Síria, segundo o porta-voz do partido da chanceler Angela Merkel em temas de Defesa, Henning Otte.
Antes de viajar para a Rússia, Hollande se conversou com o primeiro-ministro italiano Matteo Renzi, que confirmou seu compromisso a favor de uma estratégia global contra o terrorismo, sem explicar como concretizará esta promessa.
Maratona diplomática
O presidente francês está mergulhado numa maratona diplomática esta semana, durante a qual se reuniu com Cameron, o presidente Barack Obama, Merkel e Renzi.
A ambição de Hollande é formar uma coalizão sólida e unida frente ao grupo jihadista que realizou os atentados de 13 de novembro em Paris, deixando 130 mortos.
Seus integrantes e supostos cúmplices, o francês Salah Abdeslam e o belgo-marroquino Mohamed Abrini são procurados freneticamente.
Nessa linha, tenta aproximar posições entre a coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o EI no Iraque e na Síria, e a Rússia, que por conta própria age em terras sírias com o objetivo de dar apoio ao regime de Damasco.
As potências ocidentais reprovam Putin por esta estratégia, e pedem que se concentre em combater o EI.
Obama expressou suas reservas a respeito das possibilidades de cooperação com a Rússia no conflito sírio, enquanto não acontecer uma "mudança estratégica" de Vladimir Putin, situação que transforma em algo extremamente hipotético a possibilidade de formar uma grande coalizão incluindo Moscou.
O projeto francês de maior coordenação no combate contra o EI sofreu outro revés na terça-feira, quando a Turquia, país membro da Otan e que integra a coalizão anti-EI liderada pelos Estados Unidos, derrubou um avião russo, acusado de ter violado o espaço aéreo turco na fronteira com a Síria.
Apesar do clima tenso, a diplomacia russa parece estender a mão às potências ocidentais, ao afirmar que o país está "disposto a constituir um Estado-Maior comum" contra o EI, incluindo a França, os Estados Unidos e até mesmo a Turquia.