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Hillary e Sanders fazem debate duro antes de primárias de NY

Logo na abertura do debate o senador por Vermont questionou a "capacidade de julgamento" de Clinton na hora de tomar decisões

Clinton e Sanders: logo na abertura do debate o senador por Vermont questionou a "capacidade de julgamento" de Clinton na hora de tomar decisões (Lucas Jackson / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2016 às 08h30.

Os candidatos democratas Hillary Clinton e Bernie Sanders se enfrentavam na noite desta quinta-feira em um intenso debate, a poucos dias da crucial primária do estado de Nova York .

Logo na abertura do debate, na Duggal Greenhouse do Brooklyn, o senador por Vermont questionou a "capacidade de julgamento" de Clinton na hora de tomar decisões.

Sanders recordou que a ex-secretária de Estado votou "a favor da guerra no Iraque e dos acordos comerciais que eliminaram milhares de empregos nos Estados Unidos".

Em um ambiente tenso, Clinton respondeu acusando seu adversário de enganar o público.

"O senador Sanders disse que não estou qualificada, já fui chamada de muitas coisas na vida, mas nunca assim. Ele questiona minha capacidade de julgamento, bem, o povo de Nova York me elegeu duas vezes como senadora e o presidente (Barack) Obama me escolheu para sua secretária de Estado".

Um dos pontos mais polêmicos do debate foi a questão de Wall Street, e Sanders denunciou os supostos vínculos de Clinton com os grandes bancos e corporações.

Sanders ironizou a afirmación de Clinton de que se colocou contra os bancos quando era senadora por Nova York, nos anos prévios à crise de 2008 e 2009: "isto foi antes ou depois de você receber grandes somas de dinheiro para dar palestras"?

Clinton criticou Sanders pelos "problemas para responder perguntas sobre seu tema central, como separar os bancos", e por não explicar como implementará sua revolução política.

O aumento do salário mínimo para 15 dólares a hora, a adiada reforma da legislação sobre o controle de armas e a questão da mudança climática foram outros eixos do debate.

Segundo pesquisas difundidas na terça-feira, a ex-secretária de Estado tem uma vantagem de dois dígitos sobre o senador por Vermont para as prévias de 19 de abril, nas quais precisa de uma vitória clara depois de ter perdido em oito das últimas nove primárias.

De seu lado, Sanders, oriundo do Brooklyn e que se autodenomina "socialista democrático", pretende ter um bom desempenho neste estado, que é o lar eleitoral de Hillary.

Este é o primeiro debate entre a ex-primeira-dama e o senador desde 9 de março.

Hillary tem uma vantagem sobre Sanders de 1.790 delegados contra 1.113. São necessários 2.383 delegados para obter a indicação na convenção democrata para as eleições presidenciais de novembro.

O eleitorado diverso da cidade de Nova York e os democratas de melhor posição financeira favorecem Hillary, enquanto que Sanders se apoia nas comunidades menos favorecidas e nos jovens.

De acordo coma pesquisa da Universidade de Quinnipiac, Hillary tem uma vantagem particularmente significativa entre os eleitores negros (65% contra 28% para Sanders).

O estado de Nova York é o que mais delegados concede depois da Califórnia, que realizará suas primárias em junho.

Na primária democrata há 291 delegados em jogo, contra 95 entre os republicanos.

Enquanto a Quinnipiac dá a Hillary 53% das intenções de voto contra 40% para Sanders, outra pesquisa, da NY1 Baruch, concede a ela 50%, contra 37%.

Apesar desses números, Sanders não perde as esperanças, e falou isso em um gigantesco ato na noite de quarta-feira no parque Square, sul de Manhattan.

"Acho que temos uma surpresa para o establishment", afirmou Sanders ante as mais de 27.000 pessoas - segundo os organizadores - reunidas no local.

"Quando vejo esta multidão, acho que vamos ganhar em Nova York no próximo sábado", acrescentou.

Nos últimos dias, Hillary e Sanders subiram o tom de seus ataques.

Sanders chegou, inclusive, a colocar em dúvida a capacidade de sua adversária em ser presidente dos Estados Unidos, acusando-a de ter vínculos com Wall Street e a indústria petroleira.

De sua lado, Hillary Clinton enfatiza que Sanders tem problemas para responder às perguntas sobre suas propostas de desmantelar os grandes bancos e em termos de política externa.

"Quando alguém pede seu voto, deve dizer o que vai fazer e não o que espera fazer", insistiu, em um comício no Harlem, na sede de uma associação liderada por Al Sharpton, figura emblemática da comunidade negra.

Para ajudá-la, o ex-presidente Bill Clinton, muito popular em Nova York, faz campanha sem descanso no Estado, sempre de forma paralela.

Em 19 de abril também será realizada a primária republicana em Nova York, com o magnata Donald Trump como favorito, de acordo com as pesquisas.

Trump, que fez fortuna em Manhattan e é muito conhecido no estado, tem 55% das intenções de voto, contra 20% para o governador de Ohio, John Kasich, e 19% para o senador ultraconservador do Texas, Ted Cruz, segundo a Quinnipiac.

A pesquisa NY1/Baruch é ainda mais favorável a Trump: 60% das intenções de voto, contra 17% para Kasich e 14% para Ted Cruz.

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Logo na abertura do debate, na Duggal Greenhouse do Brooklyn, o senador por Vermont questionou a "capacidade de julgamento" de Clinton na hora de tomar decisões.

Sanders recordou que a ex-secretária de Estado votou "a favor da guerra no Iraque e dos acordos comerciais que eliminaram milhares de empregos nos Estados Unidos".

Em um ambiente tenso, Clinton respondeu acusando seu adversário de enganar o público.

"O senador Sanders disse que não estou qualificada, já fui chamada de muitas coisas na vida, mas nunca assim. Ele questiona minha capacidade de julgamento, bem, o povo de Nova York me elegeu duas vezes como senadora e o presidente (Barack) Obama me escolheu para sua secretária de Estado".

Um dos pontos mais polêmicos do debate foi a questão de Wall Street, e Sanders denunciou os supostos vínculos de Clinton com os grandes bancos e corporações.

Sanders ironizou a afirmación de Clinton de que se colocou contra os bancos quando era senadora por Nova York, nos anos prévios à crise de 2008 e 2009: "isto foi antes ou depois de você receber grandes somas de dinheiro para dar palestras"?

Clinton criticou Sanders pelos "problemas para responder perguntas sobre seu tema central, como separar os bancos", e por não explicar como implementará sua revolução política.

O aumento do salário mínimo para 15 dólares a hora, a adiada reforma da legislação sobre o controle de armas e a questão da mudança climática foram outros eixos do debate.

Segundo pesquisas difundidas na terça-feira, a ex-secretária de Estado tem uma vantagem de dois dígitos sobre o senador por Vermont para as prévias de 19 de abril, nas quais precisa de uma vitória clara depois de ter perdido em oito das últimas nove primárias.

De seu lado, Sanders, oriundo do Brooklyn e que se autodenomina "socialista democrático", pretende ter um bom desempenho neste estado, que é o lar eleitoral de Hillary.

Este é o primeiro debate entre a ex-primeira-dama e o senador desde 9 de março.

Hillary tem uma vantagem sobre Sanders de 1.790 delegados contra 1.113. São necessários 2.383 delegados para obter a indicação na convenção democrata para as eleições presidenciais de novembro.

O eleitorado diverso da cidade de Nova York e os democratas de melhor posição financeira favorecem Hillary, enquanto que Sanders se apoia nas comunidades menos favorecidas e nos jovens.

De acordo coma pesquisa da Universidade de Quinnipiac, Hillary tem uma vantagem particularmente significativa entre os eleitores negros (65% contra 28% para Sanders).

O estado de Nova York é o que mais delegados concede depois da Califórnia, que realizará suas primárias em junho.

Na primária democrata há 291 delegados em jogo, contra 95 entre os republicanos.

Enquanto a Quinnipiac dá a Hillary 53% das intenções de voto contra 40% para Sanders, outra pesquisa, da NY1 Baruch, concede a ela 50%, contra 37%.

Apesar desses números, Sanders não perde as esperanças, e falou isso em um gigantesco ato na noite de quarta-feira no parque Square, sul de Manhattan.

"Acho que temos uma surpresa para o establishment", afirmou Sanders ante as mais de 27.000 pessoas - segundo os organizadores - reunidas no local.

"Quando vejo esta multidão, acho que vamos ganhar em Nova York no próximo sábado", acrescentou.

Nos últimos dias, Hillary e Sanders subiram o tom de seus ataques.

Sanders chegou, inclusive, a colocar em dúvida a capacidade de sua adversária em ser presidente dos Estados Unidos, acusando-a de ter vínculos com Wall Street e a indústria petroleira.

De sua lado, Hillary Clinton enfatiza que Sanders tem problemas para responder às perguntas sobre suas propostas de desmantelar os grandes bancos e em termos de política externa.

"Quando alguém pede seu voto, deve dizer o que vai fazer e não o que espera fazer", insistiu, em um comício no Harlem, na sede de uma associação liderada por Al Sharpton, figura emblemática da comunidade negra.

Para ajudá-la, o ex-presidente Bill Clinton, muito popular em Nova York, faz campanha sem descanso no Estado, sempre de forma paralela.

Em 19 de abril também será realizada a primária republicana em Nova York, com o magnata Donald Trump como favorito, de acordo com as pesquisas.

Trump, que fez fortuna em Manhattan e é muito conhecido no estado, tem 55% das intenções de voto, contra 20% para o governador de Ohio, John Kasich, e 19% para o senador ultraconservador do Texas, Ted Cruz, segundo a Quinnipiac.

A pesquisa NY1/Baruch é ainda mais favorável a Trump: 60% das intenções de voto, contra 17% para Kasich e 14% para Ted Cruz.

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