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Hamadi Jebali renuncia como premiê da Tunísia

Primeiro-ministro não conseguiu formar um governo de tecnocratas e nem encerrar uma crise política no país

Hamadi Jebali, ex-premiê da Tunísia (REUTERS/Anis Mili/Files)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 22h26.

Túnis - O primeiro-ministro da Tunísia , Hamadi Jebali, renunciou nesta terça-feira após não ter conseguido formar um governo de tecnocratas e encerrar uma crise política no país.

"Prometi que se minha iniciativa não fosse bem sucedida, eu renunciaria e ... eu já o fiz", disse Jebali em entrevista coletiva, depois de se reunir com o presidente, Moncef Marzouki.

Jebali havia proposto formar um gabinete de tecnocratas apolíticos para encerrar protestos e tumultos políticos causados pelo assassinato do político de oposição secular Chokri Belaid em 6 de fevereiro.

A morte de Belaid gerou protestos em massa que alvejavam, em parte, o partido islâmico moderado Ennahda, ao qual Jebali pertence.

Ninguém reivindicou a responsabilidade pelo assassinato, mas aprofundou as apreensões de secularistas que acreditam que o governo Jebali fracassou em lidar com força o suficiente com extremistas religiosos que ameaçam a estabilidade do país.

A crise tem atrapalhado os esforços para revitalizar uma economia atingida pela desordem que se seguiu à derrubada do ditador veterano Zine al-Abidine Ben Ali, em 2011.

Jebali propôs a formação de um gabinete de tecnocratas apolíticos para restaurar a calma e levar a Tunísia às eleições, mas não consultou seu próprio partido ou seus parceiros de coalizão secular.

Ele ameaçou renunciar se a proposta fracassasse. Mas seu partido aniquilou o plano, rejeitando a ideia de um governo tecnocrata.

Ao anunciar sua renúncia nesta terça-feira, Jebali disse que não liderará um outro governo sem garantias sobre o calendário de novas eleições e uma nova Constituição.

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Túnis - O primeiro-ministro da Tunísia , Hamadi Jebali, renunciou nesta terça-feira após não ter conseguido formar um governo de tecnocratas e encerrar uma crise política no país.

"Prometi que se minha iniciativa não fosse bem sucedida, eu renunciaria e ... eu já o fiz", disse Jebali em entrevista coletiva, depois de se reunir com o presidente, Moncef Marzouki.

Jebali havia proposto formar um gabinete de tecnocratas apolíticos para encerrar protestos e tumultos políticos causados pelo assassinato do político de oposição secular Chokri Belaid em 6 de fevereiro.

A morte de Belaid gerou protestos em massa que alvejavam, em parte, o partido islâmico moderado Ennahda, ao qual Jebali pertence.

Ninguém reivindicou a responsabilidade pelo assassinato, mas aprofundou as apreensões de secularistas que acreditam que o governo Jebali fracassou em lidar com força o suficiente com extremistas religiosos que ameaçam a estabilidade do país.

A crise tem atrapalhado os esforços para revitalizar uma economia atingida pela desordem que se seguiu à derrubada do ditador veterano Zine al-Abidine Ben Ali, em 2011.

Jebali propôs a formação de um gabinete de tecnocratas apolíticos para restaurar a calma e levar a Tunísia às eleições, mas não consultou seu próprio partido ou seus parceiros de coalizão secular.

Ele ameaçou renunciar se a proposta fracassasse. Mas seu partido aniquilou o plano, rejeitando a ideia de um governo tecnocrata.

Ao anunciar sua renúncia nesta terça-feira, Jebali disse que não liderará um outro governo sem garantias sobre o calendário de novas eleições e uma nova Constituição.

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