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Hague nega que Reino Unido tenha ficado de fora de novo clube europeu

Ministro rejeitou a ideia de que o fato de vários países ficarem de fora de um eventual novo tratado esteja criando uma Europa de duas velocidades

"O Reino Unido não está na zona do euro, não vamos ceder mais soberania nesta matéria e nenhuma outra", indicou Hague (Oli Scarff/Getty Images)

"O Reino Unido não está na zona do euro, não vamos ceder mais soberania nesta matéria e nenhuma outra", indicou Hague (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 06h58.

Londres - O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, reiterou nesta sexta-feira que o Reino Unido 'não ficou de fora de nenhum clube' europeu ao se negar a apoiar o tratado de reforma tributária para solucionar a crise na zona do euro.

Em declarações à BBC, o ministro sustentou que a decisão do primeiro-ministro, David Cameron, de tomar distância do pacto assinado pela imensa maioria dos países da UE para adotar novas normas de disciplina orçamentária está de acordo com os interesses do país.

'Esses países aceitaram renunciar a alguns elementos de sua soberania nacional, do controle sobre seus próprios orçamentos, para que a zona do euro funcione de maneira mais satisfatória', explicou Hague.

'O Reino Unido não está na zona do euro, não vamos ceder mais soberania nesta matéria e nenhuma outra, não vamos transferir mais poder do Reino Unido à União Europeia e, nesse sentido, nos mantemos a margem', indicou.

Hague, no entanto, ressaltou que 'de muitas outras maneiras', como no impulso de iniciativas de crescimento econômico e em assuntos como Irã e Síria, 'é o Reino Unido que marca o ritmo e lidera o caminho'.

Segundo o ministro, sensível a corrente do Partido Conservador, com o bloqueio de um novo tratado e de mudanças nos tratados da UE, Londres 'garante que as decisões que afetam a todos, como as relacionadas com o mercado único, ainda serão tomadas pelas 27 nações', incluído o Reino Unido.

Hague rejeitou a ideia de que o fato de vários países ficarem de fora de um eventual novo tratado - como o Reino Unido, Hungria e possivelmente países escandinavos -, esteja criando uma Europa de duas velocidades.

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