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Guiana denuncia Venezuela e pede acordo sobre fronteiras

O presidente da Guiana denunciou as agressões cometidas pela Venezuela e pediu para que a ONU atue para estabelecer um acordo definitivo

Presidente da Guiana, David Arthur Granger, faz discurso na ONU (Mike Segar/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 16h48.

O presidente da Guiana, David Granger, denunciou nesta terça-feira na ONU as agressões cometidas pela Venezuela e pediu que a organização atue para estabelecer um acordo definitivo no conflito territorial entre os dois países.

"Queremos encerrar a agressão venezuelana. Queremos desenvolver nosso país, todo nosso país, de acordo com a legislação internacional", disse Granger em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas.

A disputa com a Venezuela pela área de Essequibo ocupou a maior parte do pronunciamento do líder da Guiana, que reiterou que a ONU deve garantir a segurança de um pequeno país como o dele.

"Durante 50 anos impediram que nosso pequeno país explorasse completamente os ricos recursos naturais. A Venezuela ameaçou, dissuadiu os investidores e frustraram nosso desenvolvimento econômico", criticou Granger.

O presidente da Guiana acusou o governo venezuelano de usar seu poder militar para manter um cenário de "intimidação e agressão".

"A fronteira da Guiana com a Venezuela foi estabelecida há 116 anos. Todo o mundo, menos a República Bolivariana da Venezuela, aceita nossas fronteiras. Eles estão perturbando uma fronteira estabelecida. Estão desestabilizando uma região estável do planeta com uso da força militar contra um país pequeno e pacífico", disse.

Por isso, Granger pediu às Nações Unidas a se envolver mais ativamente no conflito, mesmo depois de ter anunciado na semana passada que recorrerá à Corte Internacional de Justiça (CIJ) para resolver a disputa ao considerar que a mediação da ONU não é eficaz.

O presidente da Guiana foi um dos primeiros líderes a discursar no segundo dia da Assembleia-Geral da ONU. O pronunciamento de Nicolás Maduro deve ocorrer ainda hoje.

Ambos os líderes se reuniram no último domingo na ONU com o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, e acertaram o retorno de seus respectivos embaixadores.

A disputa fronteiriça entre Venezuela e Guiana se reaqueceu no final de maio, praticamente junto com ascensão de Granger ao poder, após a Exxon Mobbil ter descoberto uma jazida de petróleo no litoral de Essequibo.

O conflito sobre essa região, de 160 mil quilômetros quadrados e muito rica em recursos naturais, se mantém há cerca de 100 anos.

O litígio remonta a época que a Guiana era colônia britânica e está sob mediação constante da ONU desde a assinatura do Acordo de Genebra por ambos os países em 1966.

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O presidente da Guiana, David Granger, denunciou nesta terça-feira na ONU as agressões cometidas pela Venezuela e pediu que a organização atue para estabelecer um acordo definitivo no conflito territorial entre os dois países.

"Queremos encerrar a agressão venezuelana. Queremos desenvolver nosso país, todo nosso país, de acordo com a legislação internacional", disse Granger em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas.

A disputa com a Venezuela pela área de Essequibo ocupou a maior parte do pronunciamento do líder da Guiana, que reiterou que a ONU deve garantir a segurança de um pequeno país como o dele.

"Durante 50 anos impediram que nosso pequeno país explorasse completamente os ricos recursos naturais. A Venezuela ameaçou, dissuadiu os investidores e frustraram nosso desenvolvimento econômico", criticou Granger.

O presidente da Guiana acusou o governo venezuelano de usar seu poder militar para manter um cenário de "intimidação e agressão".

"A fronteira da Guiana com a Venezuela foi estabelecida há 116 anos. Todo o mundo, menos a República Bolivariana da Venezuela, aceita nossas fronteiras. Eles estão perturbando uma fronteira estabelecida. Estão desestabilizando uma região estável do planeta com uso da força militar contra um país pequeno e pacífico", disse.

Por isso, Granger pediu às Nações Unidas a se envolver mais ativamente no conflito, mesmo depois de ter anunciado na semana passada que recorrerá à Corte Internacional de Justiça (CIJ) para resolver a disputa ao considerar que a mediação da ONU não é eficaz.

O presidente da Guiana foi um dos primeiros líderes a discursar no segundo dia da Assembleia-Geral da ONU. O pronunciamento de Nicolás Maduro deve ocorrer ainda hoje.

Ambos os líderes se reuniram no último domingo na ONU com o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, e acertaram o retorno de seus respectivos embaixadores.

A disputa fronteiriça entre Venezuela e Guiana se reaqueceu no final de maio, praticamente junto com ascensão de Granger ao poder, após a Exxon Mobbil ter descoberto uma jazida de petróleo no litoral de Essequibo.

O conflito sobre essa região, de 160 mil quilômetros quadrados e muito rica em recursos naturais, se mantém há cerca de 100 anos.

O litígio remonta a época que a Guiana era colônia britânica e está sob mediação constante da ONU desde a assinatura do Acordo de Genebra por ambos os países em 1966.

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