Guerra nuclear pode acabar com civilização por fome
Guerra nuclear entre Índia e Paquistão desencadearia uma fome mundial que poderia matar 2 bilhões de pessoas e acabar com a civilização humana, aponta um estudo
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 13h48.
Washington - Uma guerra nuclear entre Índia e Paquistão desencadearia uma fome mundial que poderia matar 2 bilhões de pessoas e acabar com a civilização humana, aponta um estudo publicado nesta terça-feira.
Mesmo se esse alcance for limitado, um conflito com armas nucleares pode causar estragos na atmosfera e devastar as colheitas, com os consequentes efeitos de que os mercados alimentares entrem no caos, sustentou o relatório.
Os vencedores do Prêmio Nobel da Paz Associação Internacional de Médicos para a Prevenção da Guerra Nuclear (IPPNW, em inglês) e Médicos pela Responsabilidade Social (PSR) publicaram um estudo inicial em abril de 2012 que dizia que uma fome causada por uma guerra nuclear poderia matar mais de um bilhão de pessoas.
Em uma segunda versão, as organizações declararam que haviam subestimado amplamente o impacto na China e calcularam que o país mais populoso do mundo enfrentaria uma grave insegurança alimentar.
"A morte de um bilhão de pessoas no mundo desenvolvido é obviamente uma catástrofe sem comparação na história humana. Mas se você somar a isso à possibilidade de outro 1,3 bilhão de pessoas em risco na China, estamos falando de algo que é claramente o fim da civilização", declarou Ira Helfand, autor do estudo.
Helfand afirmou que o estudo se concentrou na Índia e no Paquistão devido às já antigas tensões entre estes dois Estados com armamento nuclear.
Mas Helfand considerou que o planeta pode esperar o mesmo impacto apocalíptico de qualquer guerra nuclear limitada. As armas nucleares modernas são muito mais poderosas que as bombas americanas que mataram mais de 200.000 pessoas em Hiroshima e Nagasaki em 1945.
"Com uma grande guerra entre Estados Unidos e Rússia, estamos falando da possível - não certa, mas possível - extinção da raça humana", acrescentou.
O estudo afirma que as partículas de carbono negro que atingiriam a atmosfera em uma guerra nuclear no sul da Ásia reduziriam a produção de milho e soja nos Estados Unidos em 10% em uma década.
Também reduziriam a produção de arroz da China em 21% em quatro anos, e em outros 10% nos seis anos seguintes.
O estudo atualizado também descobriu efeitos severos sobre o trigo da China, que é vital para o país, apesar de sua associação com o arroz.
E embora o relatório esclareça que é impossível estimar com exatidão o impacto de uma guerra nuclear, adverte que, em última instância, a única resposta é a abolição das armas nucleares.
"Isto é um desastre de uma magnitude tão grande que realmente não há preparação possível. Devemos evitá-lo", concluiu.
Washington - Uma guerra nuclear entre Índia e Paquistão desencadearia uma fome mundial que poderia matar 2 bilhões de pessoas e acabar com a civilização humana, aponta um estudo publicado nesta terça-feira.
Mesmo se esse alcance for limitado, um conflito com armas nucleares pode causar estragos na atmosfera e devastar as colheitas, com os consequentes efeitos de que os mercados alimentares entrem no caos, sustentou o relatório.
Os vencedores do Prêmio Nobel da Paz Associação Internacional de Médicos para a Prevenção da Guerra Nuclear (IPPNW, em inglês) e Médicos pela Responsabilidade Social (PSR) publicaram um estudo inicial em abril de 2012 que dizia que uma fome causada por uma guerra nuclear poderia matar mais de um bilhão de pessoas.
Em uma segunda versão, as organizações declararam que haviam subestimado amplamente o impacto na China e calcularam que o país mais populoso do mundo enfrentaria uma grave insegurança alimentar.
"A morte de um bilhão de pessoas no mundo desenvolvido é obviamente uma catástrofe sem comparação na história humana. Mas se você somar a isso à possibilidade de outro 1,3 bilhão de pessoas em risco na China, estamos falando de algo que é claramente o fim da civilização", declarou Ira Helfand, autor do estudo.
Helfand afirmou que o estudo se concentrou na Índia e no Paquistão devido às já antigas tensões entre estes dois Estados com armamento nuclear.
Mas Helfand considerou que o planeta pode esperar o mesmo impacto apocalíptico de qualquer guerra nuclear limitada. As armas nucleares modernas são muito mais poderosas que as bombas americanas que mataram mais de 200.000 pessoas em Hiroshima e Nagasaki em 1945.
"Com uma grande guerra entre Estados Unidos e Rússia, estamos falando da possível - não certa, mas possível - extinção da raça humana", acrescentou.
O estudo afirma que as partículas de carbono negro que atingiriam a atmosfera em uma guerra nuclear no sul da Ásia reduziriam a produção de milho e soja nos Estados Unidos em 10% em uma década.
Também reduziriam a produção de arroz da China em 21% em quatro anos, e em outros 10% nos seis anos seguintes.
O estudo atualizado também descobriu efeitos severos sobre o trigo da China, que é vital para o país, apesar de sua associação com o arroz.
E embora o relatório esclareça que é impossível estimar com exatidão o impacto de uma guerra nuclear, adverte que, em última instância, a única resposta é a abolição das armas nucleares.
"Isto é um desastre de uma magnitude tão grande que realmente não há preparação possível. Devemos evitá-lo", concluiu.