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Guaidó diz que expulsão de embaixador é "ameaça" à Alemanha

Ao início da sessão ordinária do parlamento, o líder opositor indicou que parece que Maduro não "perdoa quem quer ajudar a Venezuela"

Juan Guaidó: para ele, expulsão do embaixador alemão é "ameaça" por parte de um "regime" que não tem qualidades (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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EFE

Publicado em 6 de março de 2019 às 15h45.

Última atualização em 6 de março de 2019 às 15h57.

Caracas, 6 mar (EFE) — O presidente do parlamento da Venezuela , Juan Guaidó , que se autodeclarou presidente interino do país, considerou nesta quarta-feira que a expulsão do embaixador da Alemanha, Daniel Kriener, ordenada pelo governo de Nicolás Maduro é uma "ameaça" por parte de um "regime" que não tem qualidades.

"Hoje o regime, que usurpa funções, que não tem qualidades para declarar ninguém como 'persona non grata', simplesmente exerce coação, simplesmente é uma ameaça, e assim deve ser encarado pelo mundo livre, a um embaixador e a um país (...) que contribuiu muito em matéria de ajuda humanitária", disse Guaidó.

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Ao início da sessão ordinária do parlamento, o líder opositor indicou que parece que Maduro não "perdoa quem quer ajudar a Venezuela", pois, como ele mesmo lembrou, a Alemanha é um dos países que doou dinheiro para apoiar a ajuda humanitária solicitada pela oposição venezuelana diante da escassez de remédios.

No parlamento, os deputados opositores, que controlam a instituição, expressaram seu agradecimento à Alemanha pelo apoio que lhes ofereceu, e manifestaram sua rejeição à decisão de Maduro, a quem consideram ilegítimo por ganhar eleições tachadas de fraudulentas.

"Muito obrigado à república da Alemanha, muito obrigado à União Europeia (UE). Nunca esqueceremos o seu gesto de apoio e solidariedade com a Venezuela, que está lutando por sua liberdade", disse o deputado Omar Barboza enquanto os parlamentares expressavam sua solidariedade com aplausos.

O embaixador alemão foi declarado 'persona non grata' hoje pelo governo chavista, que lhe deu um prazo de 48 horas para deixar o território venezuelano, depois de considerar que o diplomata estava exercendo "um papel público mais apropriado a um dirigente político".

O anúncio chega depois que o diplomata compareceu na segunda-feira, junto de outros embaixadores, no Aeroporto Internacional Simón Bolívar para receber Guaidó e apoiá-lo diante da possibilidade de prisão, pois o chefe do parlamento estava impedido de sair do país devido a uma investigação por ter se autoproclamado presidente interino.

A proclamação de Guaidó ocorreu em 23 de janeiro, quando ele invocou alguns artigos da Constituição venezuelana para reivindicar que, como presidente do parlamento, tem autoridade para se declarar presidente interino do país por considerar que Maduro, está "usurpando" a presidência. EFE

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