Contra Zika, católicos pedem que Papa libere contraceptivos
Movimento pede que Papa se posicione "realmente de forma solidária" com os pobres
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2016 às 18h32.
Cidade do Vaticano - Um grupo católico fez um apelo nesta quarta-feira para que o Papa Francisco autorize integrantes da Igreja a “seguir a sua própria consciência” e usar métodos contraceptivos ou que deixasse as mulheres realizarem abortos para se proteger do Zika vírus .
O apelo foi feito no momento em que a Organização Mundial de Saúde ( OMS ) recomendou que as mulheres em áreas com o vírus se protegessem, especialmente durante a gravidez, se cobrindo para evitar os mosquitos e praticando sexo seguro com os seus parceiros.
O Zika tem sido ligado a casos de má-formação craniana em milhares de bebês nascidos no Brasil, e o vírus tem se espalhado rapidamente pelas Américas. O primeiro caso conhecido de Zika nos Estados Unidos foi relatado na semana passada por autoridades locais de saúde, que disseram que havia sido provavelmente contraído via relação sexual, e não por picada de mosquito.
O grupo liberal Catholics for Choice, com sede em Washington, disse em comunicado que publicaria anúncios na edição internacional do New York Times e no El Diario de Hoy de El Salvador na quinta-feira, véspera de uma viagem do papa para Cuba e México.
"Quando você viajar amanhã (sexta-feira) para a América Latina, nós pedimos que você deixe claro para os seus irmãos bispos que bons católicos podem seguir a sua consciência e usar métodos contraceptivos para proteger a si e a seus parceiros”, diz o texto do anúncio, de acordo com trechos divulgados por um comunicado.
O movimento pediu ao papa Francisco, o primeiro papa latino-americano, para “se posicionar realmente de forma solidária com os pobres”.
"As decisões das mulheres sobre gravidez, inclusive a decisão de terminar com a gravidez, precisa ser respeitada, e não condenada”, disse.
A Igreja Católica ensina que a vida começa no momento da concepção, e que a aborto é assassinato. A Igreja proíbe métodos contraceptivos artificiais como preservativos, alegando que eles bloqueiam a possível transmissão de vida.
A proibição é amplamente ignorada em muitos países avançados, mas ativistas dizem que ainda há o estigma relacionado ao controle de natalidade em alguns países da América Latina.
Em 2010, o ex-papa Bento 16 afirmou num livro que o uso de preservativos para conter a Aids poderia ser justificado em certos casos excepcionais. O Vaticano até agora não tratou do tema em relação ao Zika vírus.
No seu anúncio nesta quarta-feira, a OMS afirmou: “Mulheres que desejam terminar a gravidez por causa do medo da microcefalia devem ter acesso a serviços de aborto seguros dentro da lei”.
Cidade do Vaticano - Um grupo católico fez um apelo nesta quarta-feira para que o Papa Francisco autorize integrantes da Igreja a “seguir a sua própria consciência” e usar métodos contraceptivos ou que deixasse as mulheres realizarem abortos para se proteger do Zika vírus .
O apelo foi feito no momento em que a Organização Mundial de Saúde ( OMS ) recomendou que as mulheres em áreas com o vírus se protegessem, especialmente durante a gravidez, se cobrindo para evitar os mosquitos e praticando sexo seguro com os seus parceiros.
O Zika tem sido ligado a casos de má-formação craniana em milhares de bebês nascidos no Brasil, e o vírus tem se espalhado rapidamente pelas Américas. O primeiro caso conhecido de Zika nos Estados Unidos foi relatado na semana passada por autoridades locais de saúde, que disseram que havia sido provavelmente contraído via relação sexual, e não por picada de mosquito.
O grupo liberal Catholics for Choice, com sede em Washington, disse em comunicado que publicaria anúncios na edição internacional do New York Times e no El Diario de Hoy de El Salvador na quinta-feira, véspera de uma viagem do papa para Cuba e México.
"Quando você viajar amanhã (sexta-feira) para a América Latina, nós pedimos que você deixe claro para os seus irmãos bispos que bons católicos podem seguir a sua consciência e usar métodos contraceptivos para proteger a si e a seus parceiros”, diz o texto do anúncio, de acordo com trechos divulgados por um comunicado.
O movimento pediu ao papa Francisco, o primeiro papa latino-americano, para “se posicionar realmente de forma solidária com os pobres”.
"As decisões das mulheres sobre gravidez, inclusive a decisão de terminar com a gravidez, precisa ser respeitada, e não condenada”, disse.
A Igreja Católica ensina que a vida começa no momento da concepção, e que a aborto é assassinato. A Igreja proíbe métodos contraceptivos artificiais como preservativos, alegando que eles bloqueiam a possível transmissão de vida.
A proibição é amplamente ignorada em muitos países avançados, mas ativistas dizem que ainda há o estigma relacionado ao controle de natalidade em alguns países da América Latina.
Em 2010, o ex-papa Bento 16 afirmou num livro que o uso de preservativos para conter a Aids poderia ser justificado em certos casos excepcionais. O Vaticano até agora não tratou do tema em relação ao Zika vírus.
No seu anúncio nesta quarta-feira, a OMS afirmou: “Mulheres que desejam terminar a gravidez por causa do medo da microcefalia devem ter acesso a serviços de aborto seguros dentro da lei”.