Buenos Aires: greve é a segunda do ano contra o governo de Cristina Kirchner (GettyImages)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2014 às 14h33.
Buenos Aires - A greve geral convocada nesta quinta-feira na Argentina pelos sindicatos que enfrentam o governo ocasionou uma "guerra de números" entre as centrais e o Executivo e afetou setores como o transporte e os bancos, mas não conseguiu paralisar o país.
A Confederação Geral do Trabalho (CGT) e a Central de Trabalhadores da Argentina (CTA) cifraram a adesão à greve em 80%, enquanto o governo sustenta que 75% dos trabalhadores não quiseram aderir.
Os protestos sindicais e a interdição nos acessos às grandes cidades, especialmente no caso de Buenos Aires, complicaram a chegada de milhares de trabalhadores a seus postos no começo da manhã.
A greve, a segunda do ano contra o governo de Cristina Kirchner, paralisou as ferrovias, os bancos, o correio, os tribunais, os pedágios e a coleta de lixos.
A paralisação também afetou parcialmente a administração municipal e estadual, escolas e hospitais.
Na capital, a maioria das linhas de ônibus urbano e metrô funcionam com normalidade e o grosso dos comércios abriu suas portas, embora a atividade tenha caído e a cidade mostrava o aspecto de um fim de semana.
O ministro do Interior e Transporte argentino, Florencio Randazzo, considerou que a greve é de caráter "político" e denunciou que os "argentinos foram impossibilitados hoje de ir trabalhar" por causa dos protestos e greve de trens que chegam à capital, utilizados diariamente por mais de um milhão de pessoas.
Para o ministro, os dirigentes sindicais opositores, que protestam contra as políticas do governo de Cristina Kirchner e reivindicam um rebaixamento no imposto dos lucro, "estão muito longe do que hoje reivindica o conjunto dos argentinos que buscam defender o emprego".