Exame Logo

Greenpeace avista óleo próximo a plataforma no Mar do Norte

A Total, petrolífera que administra a plataforma, alega que a camada era formada por gás condensado

Plataforma Elgin PUQ (e), da Total, e o poço (d) onde teria ocorrido o vazamento no Mar do Norte (Martin Langer/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2012 às 17h32.

A bordo de Koenigin Juliana - Uma mancha de óleo se espalhou em torno da plataforma onde foi registrado um vazamento de gás no Mar do Norte, afirmaram nesta segunda-feira ativistas do grupo ambientalista Greenpeace a bordo de um barco próximo ao local do acidente, mas a Total alega que a camada era formada por gás condensado.

A embarcação Greenpeace "Koenigin Juliana" passou várias horas desta segunda no limite da zona de exclusão marítima estabelecida em torno da plataforma 'offshore' abandonada da Elgin pertencente ao grupo petroleiro francês, a 240 km da cidade escocesa de Aberdeen.

A Total insiste em que o impacto ambiental desde o início do vazamento da plataforma, em 25 de março, é "relativamente desprezível".

Mas Christian Bussau, especialista do Greenpeace que está no barco, disse que a camada de óleo ao redor da plataforma estava se espalhando e que a organização estava coletando amostras do ar e da água.

Busseau acrescentou que acreditava que a substância fosse petróleo, embora tenha admitido que o Greenpeace não podia analisar as amostras até retornar à sua base na Alemanha, o que está previsto para a primeira hora da manhã de quarta-feira.

"É um acidente muito grave", disse Bussau à AFP a bordo do "Koenigin Juliana". "A Total deve começar imediatamente a tapar o vazamento ou a poluição não vai parar", acrescentou.

O grupo francês preparou um avião de transporte Hércules carregado com um produto que pode ser vaporizado sobre o gás para dispersá-lo, mas indicou que não espera que seja necessário enviá-lo.

A Total destacou que a camada é formada por "condensado leve de gás".

"O condensado leve não representa uma ameaça significativa para as aves marinhas ou outras espécies animais", declarou uma porta-voz da Total à AFP.

O Greenpeace enviou o "Koenigin Juliana" da Alemanha no sábado.

"As companhias petroleiras com frequência ocultam informações quando há acidentes", disse Bussau na manhã desta segunda-feira. "Queremos ter nossa própria ideia do dano ambiental no lugar dos fatos", acrescentou.

A Total, que perdeu 10 bilhões de dólares de capitalização em bolsa desde que o vazamento foi descoberto, espera que os reguladores britânicos a autorizem a intervir na plataforma.

O diretor financeiro do grupo, Patrick de la Chevardière, informou na segunda-feira, durante conferência com analistas em Paris, que as medidas tomadas para tentar resolver o problema custam "ao redor de um milhão de dólares diários".

Após a extinção do queimador que impedia o acesso à plataforma devido ao risco de explosão, a Total se concentra agora nas operações de tamponamento.

A primeira etapa consistirá no envio de uma equipe com especialistas da empresa americana "Wild Well Control", que já interveio no Golfo do México, após a explosão da plataforma da BP Deepwater Horizon, em 2010.

A Total se prepara também para injetar lama de alta densidade no poço acidentado, assim como perfurar dois poços auxiliares a fim de deter o escapamento, caso a primeira opção, mais rápida mas que requer a presença de especialistas na plataforma, não seja possível.

A Total definiu o acidente como "o mais grave" no Mar do Norte em pelo menos 10 anos.

Veja também

A bordo de Koenigin Juliana - Uma mancha de óleo se espalhou em torno da plataforma onde foi registrado um vazamento de gás no Mar do Norte, afirmaram nesta segunda-feira ativistas do grupo ambientalista Greenpeace a bordo de um barco próximo ao local do acidente, mas a Total alega que a camada era formada por gás condensado.

A embarcação Greenpeace "Koenigin Juliana" passou várias horas desta segunda no limite da zona de exclusão marítima estabelecida em torno da plataforma 'offshore' abandonada da Elgin pertencente ao grupo petroleiro francês, a 240 km da cidade escocesa de Aberdeen.

A Total insiste em que o impacto ambiental desde o início do vazamento da plataforma, em 25 de março, é "relativamente desprezível".

Mas Christian Bussau, especialista do Greenpeace que está no barco, disse que a camada de óleo ao redor da plataforma estava se espalhando e que a organização estava coletando amostras do ar e da água.

Busseau acrescentou que acreditava que a substância fosse petróleo, embora tenha admitido que o Greenpeace não podia analisar as amostras até retornar à sua base na Alemanha, o que está previsto para a primeira hora da manhã de quarta-feira.

"É um acidente muito grave", disse Bussau à AFP a bordo do "Koenigin Juliana". "A Total deve começar imediatamente a tapar o vazamento ou a poluição não vai parar", acrescentou.

O grupo francês preparou um avião de transporte Hércules carregado com um produto que pode ser vaporizado sobre o gás para dispersá-lo, mas indicou que não espera que seja necessário enviá-lo.

A Total destacou que a camada é formada por "condensado leve de gás".

"O condensado leve não representa uma ameaça significativa para as aves marinhas ou outras espécies animais", declarou uma porta-voz da Total à AFP.

O Greenpeace enviou o "Koenigin Juliana" da Alemanha no sábado.

"As companhias petroleiras com frequência ocultam informações quando há acidentes", disse Bussau na manhã desta segunda-feira. "Queremos ter nossa própria ideia do dano ambiental no lugar dos fatos", acrescentou.

A Total, que perdeu 10 bilhões de dólares de capitalização em bolsa desde que o vazamento foi descoberto, espera que os reguladores britânicos a autorizem a intervir na plataforma.

O diretor financeiro do grupo, Patrick de la Chevardière, informou na segunda-feira, durante conferência com analistas em Paris, que as medidas tomadas para tentar resolver o problema custam "ao redor de um milhão de dólares diários".

Após a extinção do queimador que impedia o acesso à plataforma devido ao risco de explosão, a Total se concentra agora nas operações de tamponamento.

A primeira etapa consistirá no envio de uma equipe com especialistas da empresa americana "Wild Well Control", que já interveio no Golfo do México, após a explosão da plataforma da BP Deepwater Horizon, em 2010.

A Total se prepara também para injetar lama de alta densidade no poço acidentado, assim como perfurar dois poços auxiliares a fim de deter o escapamento, caso a primeira opção, mais rápida mas que requer a presença de especialistas na plataforma, não seja possível.

A Total definiu o acidente como "o mais grave" no Mar do Norte em pelo menos 10 anos.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaGásGreenpeaceMeio ambienteOceanosPetróleo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame