Mundo

Greendex: consumidor brasileiro é 3º mais consciente

Pesquisa realizada pela National Geographic Society em 17 países aponta que o consumidor brasileiro perde apenas para os indianos e chineses


	Pessoa carrega sacola de compras: apesar de bem colocado, nosso país foi um dos que mais apresentou queda no índice de consumo consciente com relação a 2010
 (Paul Ellis/AFP)

Pessoa carrega sacola de compras: apesar de bem colocado, nosso país foi um dos que mais apresentou queda no índice de consumo consciente com relação a 2010 (Paul Ellis/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 16h31.

São Paulo - A quarta edição da pesquisa Greendex, que mede e monitora a preocupação dos consumidores com questões relacionadas à sustentabilidade, revela que os países em desenvolvimento estão "bem na fita" quando o assunto é o consumo consciente.

Em uma escala de 1 a 100, o Brasil marcou 55,5 pontos na avaliação, aparecendo em terceiro lugar no ranking das nações mais preocupadas com o assunto. A primeira e segunda posições ficaram com Índia (58,9) e China (57,8).

O estudo - realizado pela National Geographic Society, em parceria com o instituto de pesquisas GlobeScan - aponta, ainda, outra curiosidade. Os países mais conscientes são, também, os que se sentem mais culpados a respeito do impacto que causam no meio ambiente.

No Brasil, por exemplo, 40% dos entrevistados se sentem mal ao pensar na sua pegada ecológica e o mesmo fenômeno se repete em nações como Índia, China e México, que estão no topo do ranking.

Por outro lado, EUA e Canadá - os últimos colocados no Greendex 2012 com 44,7 e 47,9 pontos, respectivamente - são os menos preocupados com as consequências que suas ações podem ter para o planeta. Ou seja, quem está fazendo mais pela sustentabilidade tende a se sentir mais culpado do que aqueles que estão fazendo menos ou, simplesmente, nada.


ATENÇÃO NO PRATO

De acordo com o estudo, entre as quatro principais áreas avaliadas pelo Greendex - transporte, moradia, alimentação e bens -, a pior avaliação brasileira foi no quesito comida, sendo que um dos maiores problemas está relacionado ao consumo de carne.

60% dos entrevistados do país afirmam comer carne bovina todos os dias ou várias vezes por semana, perdendo apenas para a Argentina, onde 61% dos avaliados consomem carne com bastante frequência. A média mundial é bem menor, de 28%.

A pesquisa ainda aponta outros resultados interessantes:

- os franceses (56%) e estadunidenses (55%) são os que mais andam de carro sozinhos, sem carona, ocupando mais espaço nas ruas;
- os brasileiros (34%) estão em quarto lugar no ranking dos consumidores que mais usam transporte público no dia a dia;
- 65% dos consumidores que moram no Brasil afirmam ir a pé ou de bike para seus compromissos diários. A média global é de 58%;
- os canadenses (83%), ingleses (82%) e alemães (81%) são os mais habituados a reciclar o lixo que produzem em casa;
- os brasileiros (69%) e alemães (69%) são os mais preocupados em economizar água em suas atividades do dia a dia. Os espanhóis (27%) são os que menos ligam para a questão e
- China e Brasil são os únicos países, entre os 17 avaliados pelo Greendex, onde pelo menos metade da população afirma ter o hábito de evitar comprar produtos excessivamente embalados.


ANDAMOS PARA TRÁS

Apesar de ter se saído bem no estudo, o Brasil foi um dos que mais apresentou queda na pontuação, com relação a 2010, quando foi realizada a última edição da pesquisa. Na ocasião, o Brasil tirou nota 58, conquistando a segunda posição do ranking.

O melhor desempenho do país foi em 2008, na estreia do Greendex, com 58,6 pontos, quando ganhou o título de país mais preocupado com o consumo consciente.

Acompanhe tudo sobre:ConsumoMeio ambienteSustentabilidade

Mais de Mundo

Primeiro-ministro da França pode ser deposto nesta quarta, após votação na Assembleia Nacional

As melhores (e as piores) cidades do mundo em qualidade de vida

Trump pede arquivamento de processo envolvendo ex-atriz pornô com base em indulto de Biden ao filho

Ministro da Defesa da Coreia do Sul apresenta demissão após aplicação da lei marcial