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Grécia recebe 9 bilhões de euros sob protestos

A Grécia recebeu já 29 bilhões de euros do total de 110 bilhões que a UE e o FMI aceitaram emprestar

George Papandreou, primeiro-ministro grego: arrocho fiscal incomoda a população (.)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2010 às 09h56.

Atenas - A Grécia recebe nesta terça-feira a segunda parte da ajuda de nove bilhões de euros aprovada no plano de resgate criado recentemente pelos sócios da União Europeia para evitar a quebra do país, enquanto persistem os protestos contra a política de economia do Governo.

Deste total, 6,5 bilhões correspondem aos países da zona do euro e outros 2,5 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

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O Ministério das Finanças da Grécia anunciou que "a segunda parte da ajuda dos países da zona do euro, de 6,5 bilhões de euros, foi depositado ontem (segunda-feira) na conta do Estado no Banco da Grécia pelo Banco Central Europeu (BCE)" e nesta terça o país espera os 2,5 bilhões do FMI.

A chegada da ajuda internacional coincide com uma nova emissão de dívida pública, em forma de papéis do tesouro com vencimento a seis meses, com a qual as autoridades gregas esperam arrecadar 900 milhões de euros.

Os protestos continuam contra a política de austeridade com a qual o Governo quer diminuir o déficit até 8,1% do PIB este ano e até 7,6% em 2011, contra 13,6% registrados em 2009.

O serviço de ferrovias será afetado por três interrupções intermitentes de três horas de duração nesta terça-feira, enquanto os caminhoneiros dificultam o tráfego na entrada a Atenas.

Os donos de postos de gasolina protestarão perante o Ministério de Comércio contra a decisão do Governo de impor um preço máximo de 1,47 euros por litro de gasolina, para frear os abusos de preços provocados pelo temor de que o protesto dos caminhoneiros deixe o país sem combustíveis.

Os sindicatos de funcionários convocaram também uma manifestação no centro de Atenas.

A Grécia recebeu já 29 bilhões de euros do total de 110 bilhões que a UE e o FMI aceitaram emprestar a Atenas durante três anos, com a condição de que o país realize uma dura política de poupança para reduzir a enorme dívida e o déficit fiscal do país.

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