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Governo venezuelano nega intoxicação em massa em prisão

Pelo menos 300 presos da penitenciária El Rodeo II, situada nos arredores de Caracas, sofreram intoxicação alimentar após consumirem carne podre, diz ONG

Venezuela: uma fonte do Ministério de Prisões garantiu que a denúncia é infundada e que governo de Nicolás Maduro emitirá um comunicado para esclarecer a questão (John Moore/Getty Images)
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EFE

Publicado em 13 de março de 2018 às 16h52.

Caracas - A ONG Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) denunciou nesta terça-feira que pelo menos 300 presos da penitenciária El Rodeo II, situada nos arredores de Caracas, sofreram intoxicação alimentar após consumirem carne podre, uma situação que foi negada para a Agência Efe por fontes do Ministério de Serviços Penitenciários da Venezuela.

O OVP afirmou em comunicado difundido hoje que a ingestão de carne podre fez com que mais de 300 detentos "apresentassem vômitos, diarreias, náuseas, e outros tipos de mal-estar".

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"A carne apodreceu porque (a penitenciária) não têm equipamentos adequados para a refrigeração dos alimentos" e os presos "consumiram a carne porque estavam há muitos dias sem comer e, além disso, a cozinharam com muitos condimentos e molho para disfarçar o gosto de podre", diz a nota da ONG.

O diretor do OVP, Humberto Prado, que foi citado no comunicado, disse que os afetados apresentam "esses sintomas há vários dias" e a situação de alguns deles "piorou por conta da desidratação" e pela falta de água potável na prisão.

A ONG assegurou que a direção da penitenciária segue servindo esses alimentos decompostos "porque não há mais nada para comer".

Prado adiantou que enviará uma comunicação à Corte Interamericana de Direitos Humanos para denunciar tal situação e manterá contato com os familiares dos presos afetados para acompanhar o caso.

Uma fonte do Ministério de Prisões garantiu para a Efe que a denúncia é infundada e que o governo de Nicolás Maduro emitirá um comunicado para esclarecer a questão.

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