Manifestantes saem em passeata em Buenos Aires, pedindo a proteção dos empregos (Juan Mabromata/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2014 às 10h59.
Buenos Aires - O governo da Argentina insistiu em que a maioria dos sindicatos não aderiu à greve de 36 horas que nesta quarta-feira e quinta-feira foi realizada pelas centrais operárias opositoras, e negou que haja destruição de emprego.
"Não foi nem uma greve geral nem uma greve nacional. O sistema produtivo funcionou normalmente. Cerca de 75% dos sindicatos não aderiu", disse em entrevista coletiva o chefe de Gabinete argentino, Jorge Capitanich.
O ministro reiterou que não haverá modificações no imposto que taxa os salários, uma das exigências dos sindicatos opositores que convocaram a greve.
As centrais opositoras, que na quinta-feira asseguraram que a greve foi seguida por 85% dos convocados, advertiram que aprofundarão seu plano de luta se o Governo não escutar suas demandas e não fizer nada para conter a inflação que "carcome" a renda dos trabalhadores.
Sobre este ponto, Capitanich assegurou que a inflação exibe uma "tendência decrescente" desde que este ano começou.
"Ninguém defende mais os trabalhadores que este Governo", afirmou o chefe de Gabinete.
Capitanach negou que neste ano tenham sido perdidos 400 mil empregos, tal como informaram alguns meios de imprensa locais, e sustentou que a taxa de emprego cresceu de 53,9% no primeiro trimestre para 54,3% no segundo.
"Não há nenhum tipo de interpretação em relação à taxa de emprego que faça calcular a perda de 400 mil postos de trabalho. É uma afirmação falsa, capciosa, aleivosa, sem nenhum tipo de consistência técnica, e afeta a credibilidade dos meios de comunicação", sustentou Capitanich.