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Governo egípcio diz que usará munição real contra ataques

Segundo Ministério de Interior, decisão foi tomada para se proteger de ataques terroristas da Irmandade Muçulmana


	Soldados durante conflitos no Egito: armas serão usadas para combater ataques contra instituições e polícia
 (Asmaa Waguih/Reuters)

Soldados durante conflitos no Egito: armas serão usadas para combater ataques contra instituições e polícia (Asmaa Waguih/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 13h43.

Cairo- O Ministério egípcio do Interior afirmou nesta quinta-feira que deu instruções às forças de segurança do país para que empreguem munição real para enfrentar qualquer ataque contra as instituições governamentais e os soldados da ordem.

Em comunicado, o Ministério apontou que tomou esta decisão "por conta dos ataques terroristas da Irmandade Muçulmana contra instituições e a polícia, suas tentativas de se apoderar de armas e a interdição de caminhos para semear o caos".

O Governo explicou que suas forças farão com que as leis sejam cumpridas "através de todos os meios para proteger o país e impedir agressões e ataques contra cidadãos e propriedades públicas".

Com este fim, o Ministério afirmou que equipou suas forças com armas e munição necessária para se proteger de qualquer agressão.

Quase ao mesmo tempo, o Conselho de Ministros egípcio emitiu um comunicado após uma reunião que manteve hoje, na qual manifestou sua decisão de "enfrentar os atos terroristas e de sabotagem realizados pelos Irmandade Muçulmana com toda a força".

A nota explica que o estado de emergência, decretado ontem por um mês, será aplicado de maneira temporária e segundo as circunstâncias.

Além disso, o Governo ressaltou que o toque de recolher, imposto na quarta-feira, será levantado de acordo como a situação de segurança evoluir.

O Executivo reiterou que está decidido a cumprir o plano de transição traçado depois do golpe militar que depôs o presidente islamita Mohammed Mursi, e que estipula a realização de eleições presidenciais e parlamentares, assim como a reforma da Constituição.

Antes do Gabinete se reunir, o primeiro-ministro, Hazem el Beblaui, se encontrou com o chefe do Exército, Abdel Fatah al Sisi, também titular da Defesa, e com o ministro do Interior, Mohammed Ibrahim. EFE

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